Agradecemos à autora MARIA ANTONIETA OLIVEIRA a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Falar de mim não vai ser fácil, no entanto, vou tentar
fazer o meu melhor.
Sou uma pessoa humilde, sem ideias preconceituosas.
Amiga do meu amigo, sempre atenta na tentativa de poder ajudar a melhorar e ou
mudar (o que me for possível) na vida de quem me rodeia. Gosto de ser eu a
comandar a minha vida.
Como autora, não tenho uma linha definida, não cumpro
regras, nem métricas, no que diz respeito à poesia. Quando me atrevi a escrever
o romance, tentei descrever o problema de muitas pessoas em situações idênticas
às que relatei. Na altura fazia sentido, neste momento as mentes estão mais
abertas e já não têm as dúvidas e os tabus existentes naquela data.
2 - O que a inspira?
A vida. Tudo o que me rodeia, tudo o que vivi e vivo,
quer directamente, quer o que os olhos e os ouvidos me indicam.
3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Não. Porque acho que a vida já é demasiado complicada
para escrever com tabus, há que abrir as mentes para simplificar a vida.
4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?
Há
pouco tempo alguém me dizia – cito:- Ainda fico perplexa com a
"vaidade" de pagar para aparecer! Erro meu! Mau feitio! A minha
resposta foi simples, e vou transcrevê-la assim como o que se seguiu - Minha
querida, respeito a tua opinião, mas, não considero vaidade, de modo algum,
apenas uma hipótese de se dar a conhecer a outros, que não só os do facebook,
aquilo que escrevemos, seja bom ou nem por isso, por um valor mais baixo do que
aquele que um editor leva para a publicação de um livro só nosso. Beijinhos
amiga - Maria Antonieta, "seja bom ou nem por isso" já diz tudo!
Beijinho. – (eu) nesse aspecto concordo, mas, tem que haver sempre uma primeira
vez, e é a errar que aprendemos. Também é a ler os outros que vemos que afinal
o que escrevemos, não é tão bom como pensávamos. Beijinhos. - Penso com este
relato ter respondido à pergunta.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
Foi através das redes sociais que dei a conhecer
aquilo que escrevo, e as interacções de outros foram muito importantes neste
meu mundo das palavras, Os incentivos impulsionaram-me e publiquei o primeiro
livro, segui-se o segundo, o terceiro e agora no final de 2017, o quarto livro.
Para além destes quatro livros individuais, também através das redes sociais,
já participei em várias dezenas de antologias e colectâneas. Se não existissem
as redes sociais, nada disto tinha acontecido.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita?
Na escrita desenvolve-se a ideologia, a cultura, os
sentimentos de um povo, de vários povos. Neste desenrolar encontram-se pontos
positivos e negativos, também assim é no mundo da escrita, encontra-se de tudo.
Criam-se amizades e inimizades. Há inveja e solidariedade. De tudo um pouco, um
pouco de tudo.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um
autor?
Neste momento as redes sociais são um motor de
divulgação, por não haver outro meio mais acessível. As editoras deveriam ter
uma base de divulgação de autor, no entanto, isso não acontece, a sua principal
função é editar para melhor recolha de lucros. Quanto a mim, se divulgassem os
autores também eles lucrariam. A máquina certa não funciona.
8 - Quais os projectos para o futuro?
Continuar a escrever na esperança que algum editor se
lembre de mim, caso contrário escreverei apenas para mim. Editar um livro, se
não se é conhecido, exige despender muito dinheiro, sem se saber se haverá
retorno, como tal, ficarei esperando os acontecimentos. Mas, nunca desistirei
de escrever, de deixar em palavras sentimentos meus e de outros.
9 - Sugira um autor e um livro!
Há tantos e tão bons que escolher um não é fácil. Vou
optar por um clássico, talvez, Eça de Queiroz e o seu extraordinário livro “Os
Maias”
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Se
te saísse o euromilhões o que farias?
Arranjaria
um local espaçoso, com muita área livre, onde mandaria construir um lar, em que
os seus ocupantes, pagariam apenas o valor que recebessem de reforma, portanto,
uns pagariam pelos outros, e todos teriam iguais direitos dentro desse LAR.
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