Não fazer nada em alguns momentos é a melhor postura a
se tomar. Não fazer nada e apenas observar. O vento bailar. O tempo passar. A
vida conduzir.
E a partir daí tudo começa a se renovar, acontecer, e
pessoas se encontram e te convidam a seguir por novos caminhos, onde as ideias
anteriores perdem força e tantas outras mais autênticas e até mais viáveis
ganham forma. E nesse instante, reformulamos situações acomodadas que se incrustam
em nosso cotidiano e principalmente em nosso espaço virtual, em que nos
convidam e excluem a seu bel prazer, vamos ignorando, aceitando, e um dia, em
que não fazemos nada, elas começam a incomodar e percebemos que a vida
reivindica uma tomada de postura.
Não fiz nada para mudar minha postura profissional
que, há mais de 27 anos, vou lapidando, sem mudar a essência. Transparência,
profissionalismo, habilidade e competência foram as palavras gravadas e
repetidas na busca da satisfação e realização a cada trabalho, nesses tantos
anos de trocas, vivências e aprendizado.
E aprendi que devemos sempre estar atentos a mudança
de ventos e humores, principalmente quando se trata de um ambiente em que a
vaidade, o ego e a necessidade em se fazer destacar é quase uma conduta
implícita seguida por muitos que, particularmente, discordo, mas sigo respeitando o direito de cada um ser o que é, e que na maior parte das vezes
assisto as respostas da vida que, com coerência e justiça, vai colocando os
pingos nos is e cada um em seu devido lugar.
Não fazer nada, em determinadas situações, embora
pareça retirada de campo, é apenas mudança estratégica para firmar
posicionamentos e expandir a capacidade de resiliência, e não compactuar com o
que se torna incômodo e insensato.
Aprendi a pedir "permissão" com contrato
assinado, quando o projeto de terceiros me dá oportunidade de produzir,
divulgar e conduzir. E diante da gentileza dos que prestigiam, apoiam, se
envolvem, participam, na maioria das vezes os resultados superam as
expectativas. E se por um lado me engrandece, por outro, percebo nas
entrelinhas a insegurança de uns e outros em perder espaços e adeptos para a
concorrência irreal e inexistente, como fantasma criado que persegue e
assombra.
Mas, que eu saiba, o sol está aí e brilha para todos.
E quando a chuva cai, também não poupa ninguém. E diante disso só os
incompetentes, dissimulados, interesseiros, podem até sentir-se inseguros com a
grama do vizinho que acham ser mais verde, e nem por isso, deixam de circular por
aí e angariar novos adeptos, desavisados e ingênuos. E como disse, todos têm o
direito de fazer e ser o que quiserem, e a vida vai dizendo quem sim e quem
não.
Eu apenas observo, deixo o vento bailar, o tempo
passar, a vida conduzir e... não fazer nada.
DRIKKA INQUIT
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