Num pequeno e raro momento de pausa, tive a ousadia de
entregar-me à reflexão e, quase em choque, dei-me conta que estamos prestes a
despedir-nos de mais um ano civil. E que ano foi este! Com pouco mais de dois
meses pela frente e ainda alguns projectos por terminar e compromissos para
respeitar, posso fazer um balanço do que me aconteceu em 2017.
Foi um ano que começou cheio de motivação pelo sucesso
do meu blogue de divulgação de poesia lusófona (TOCA A ESCREVER), com o ponto
alto a acontecer, em Junho, aquando do início da parceria com a IN-FINITA, e o
impacto que a mesma originou, tanto ao nível de tempo que passou a exigir-me,
como ao nível de adesão que este passo suscitou, principalmente no outro lado
do Atlântico. E essa adesão foi de tal forma impactante que tive de adicionar,
ao projecto TOCA A ESCREVER/IN-FINITA, o blogue TOCA A FALAR DISSO, dando-lhe
uma roupagem diferente alargando, desse modo, o seu propósito inicial. Em
simultâneo, vi confirmadas as intenções, das editoras, em prolongar os
patrocínios.
Mas a parceria não se ficou por aqui e, em Setembro,
tivemos o primeiro evento em Portugal com o apoio IN-FINITA, que foi um sucesso
e para sempre ficará marcado na história do nosso percurso.
Num outro patamar, vi-me envolvido em dois projectos
de uma editora: a coordenação de um concurso literário e a organização/elaboração
de uma colecção de livros de bolso... Já escrevi tanto sobre estes dois
projectos que só me resta dizer que foram meses de intenso labor, com pontos
altos e alguns dissabores mas com a satisfação de ver reconhecidas as minhas
capacidades, sentido de missão e profissionalismo.
Mais tarde fui confrontado com uma estreia ao ser
convidado para dar uma palestra sobre o significado de ser-se poeta nesta era
digital... Não posso deixar de confessar que este convite apanhou-me de
surpresa porque, por norma, são poucos os que se dispõem a ouvir-me falar
devido aos meus modos pouco, ou quase nada, "politicamente
correctos". No entanto, supresa maior foi o convite que se seguiu para
defender o género poesia integrado num painel composto por mais dois nomes
importantes da cena literária nacional; Isabel Stilwell e Jaime Rocha. Seja
como for e independentemente do factor surpresa, não posso deixar de
regozijar-me pelo facto de, não só se predisporem a ouvir-me, como ainda se
dispuseram a pagar-me para o fazer... sinal dos bons tempos?
Como disse no início deste texto, faltam pouco mais de
dois meses para findar 2017 mas ainda há projectos na forja e compromissos a
respeitar. Mas, sobre esses, escreverei em devido tempo.
MANU DIXIT
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