ALEGRIA EM DOSES
Fico impressionada com a
quantidade de pessoas que hoje em dia tomam remédios para depressão. Já havia
pensado nisso há algum tempo, mas nessa semana li uma reportagm sobre o
assunto.
Hoje você não pode mais
ficar triste, se ficar está em depressão.
Não pode ficar cansado ou
irritado, nem que seja apenas por alguns motivos que o tiraram da rotina
normal.
Haverá quem diga: é meu
amigo, você anda muito estressado.
Se seu filho anda fazendo
"trelas' na escola (que era normal antigamente) ou não está rendendo nos
estudos, precisa urgente de terapia ou psicóloga, antes que seja tarde. Se não
presta atenção, tem "TDAH" (transtorno de déficit de atenção), se
corre muito e brinca muito, é "Hiperativo", se não gosta de brincar
com os outros é "retardado", se não entende algumas coisas, até mesmo
por imaturidade é "limítrofe".
Nossa, quantos rótulos!
Hoje existe nome para tudo!
Fui ao médico, avaliar
causas de uma enxaqueca, saí com antidepressivos que me custaram 3 quilos a
mais em dois meses e continuei com dores de cabeça.
Determinei então meu
tratamento: nadar todos os dias!
Adoro nadar! Coloquei as
caixas dos remédios num saco e joguei-as no lixo. Não digo que não tenha mais
algumas de vez em quando, mas melhorei quase que 90%.
Bem, não estou aqui a
condenar tratamento nenhum, claro que alguém que realmente tenha depressão
precisa ser tratado com remédios. Apenas questiono a quantidade de diagnósticos
que são dados aleatoriamente. Não existe mais tristeza, preocupações,
decepções, TPMS?
Quando um garoto leva um
fora da namorada e fica triste durante um tempo, está com depressão?
Devemos estar alertas
para isso. Tão grave quanto não tratarmos uma depressão, é tratarmos dela
quando na verdade não temos, quando apenas estamos passando por dificuldades ou
tristezas momentâneas, o que não é nada anormal nos dias de hoje.
Se você chega ao médico
sem nada, estando até muito feliz, ele pode até perguntar: não quer ficar ainda
mais feliz? E passa um remedinho para aumentar sua felicidade.
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