domingo, 24 de setembro de 2017

EU FALO DE... FORMAS DE EXPOSIÇÃO PÚBLICA


Embora já não estranhe, faz-me tremenda confusão ver como a maioria dos autores gere a sua exposição pública.

Por existirem várias formas, qual a mais aberrante, decidi elaborar uma lista de procedimentos recorrentes que, muito provavelmente, poderá sofrer de alguma omissão.

1 - Os vaidosos

- Aqueles que aparecem para exibir os encantos que a natureza lhes outorgou, na esperança que a carinha laroca lhes sirva para vender mais uns quantos exemplares.

2 - Os falsos humildes

- Aqueles que aparentam uma extrema humildade e oferecem alguma resistência em aparecer, mas estão sempre na primeira fila para serem vistos e ouvidos.

3 - Os pavões

- Aqueles que, julgando-se em patamares superiores aos demais, fazem sempre questão de alardear feitos e conquistas, por mais insignificantes e suspeitas que sejam.

4 - Os interesseiros

- Aqueles que só aparecem em eventos se tiverem a possibilidade de brilhar, vender alguns exemplares ou ser visto com determinadas pessoas mais mediáticas.

5 - Os narcisistas

- Aqueles que fazem questão de se apresentarem através de biografia e bibliografia, sempre extensas e enfadonhas, mesmo quando estão em lançamentos ou apresentações de outros autores.

6 - Os angariadores

- Aqueles que só aparecem em eventos na véspera de lançamentos e/ou apresentações dos seus próprios livros e antologias em que participem, para angariarem público.

7 - Os penetras

- Aqueles que, escrevendo em registos diferentes, fazem questão de aparecer em eventos com vastos nucleos formados, na tentativa de aliciar público que de outra forma não conseguem ter.

8 - Os evasivos

- Aqueles que aparecem em eventos mas de forma rápida e cirúrgica, como quem diz: "Estou muito ocupado mas fiz questão de vir ao teu evento... Agora esquece-te de ir ao meu!"

9 - Os dotados

- Aqueles que fazem sempre questão de dedicar um poema da sua autoria, nos eventos de outros autores e nunca lêem nada desses.

10 - Os papagaios

- Aqueles que não tendo nada para dizer acabam por se estender nos discursos, repetindo sempre as mesmas ladainhas, em todos os eventos que aparecem.

Podia enumerar mais uns quantos, mas prefiro ficar por aqui porque pode ser contagioso.

MANU DIXIT

3 comentários:

  1. Olá, Emanuel.
    Enquanto ia lendo os vários tipos da tua lista, primeiro ria mas depois pensava:
    - Será que eu própria me enquadro neste grupo?
    E olha que nalguns casos, fiquei receosa que alguém pensasse que sim, mesmo depois de não me identificar com essa postura.
    É que a facilidade de "julgar" os outros é muito maior do que a de nos analisarmos a nós próprios.
    Obrigada pela reflexão que me obrigaste a fazer, beijinhos.

    ResponderEliminar
  2. Grato pela visita e pelo testemunho. Abraço.

    ResponderEliminar

Toca a falar disso