terça-feira, 22 de agosto de 2017

FALA AÍ BRASIL... ANDREA SANT ANNA

Uma carícia sincera na beira da pia enquanto o café já pronto, invadia a casa com seu aroma cativante... o ovo já quente derretia-se viçoso em uma calda amarela escorrendo pelo prato a porta aberta da cozinha descortinava o brilho do sol incidindo sobre as flores douradas do jardim. Era bonito amanhecer ali... um céu azul trazia promessas de deleites e a vida parecia mesmo um beijo bom e doce. E o que mais queria essa mulher, além desse céu, dessa flor, desse alvoroço de passarinhos, desse amor? Essa calma, esse olhar absorto, esse abraço por trás e um cheiro no cangote? Que mais queria essa mulher? Que anseios lhe pulsavam nessa alma de Dom Quixote? Que frenesi nas entranhas a sacudia assim? Por que esse corpo chora e sangra fora de hora? Por que essa Alma se descola? Isso ela não conseguia entender. Sentia, sentia, apenas e fortemente urgências injustificadas. E via, via, antevia sombras e ratos, para além do jardim... por que a gente é assim? Isso me faz lembrar da frase do Marcio Junqueira, o jovem poeta: "Quis sair da zona de conforto e partiu para o conforto da zona" ... devaneios..."

mini-Biografia: Andrea Sant Anna

Mãe, avó, contadora de histórias, arte-educadora, ceramista, oficineira, Terapeuta Corporal

Expressar-se é curar-se. Me interessam coisas de cura e expressão. Arte e saúde. Coisas de dentro e de fora. Coisas com as próprias mãos , como desenhar, tocar, escrever, modelar, massagear, comunicar, acarinhar, cuidar, acolher, nutrir.  Me interessam as pessoas, sobretudo, as crianças , melhor momento dos humanos!



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