Ainda a propósito da recente onda de
castigos/interdições/restrições provocadas pelo anonimato que é outorgado aos
denunciadores, e depois de ter visto algumas fotos que, segundo os parâmetros
do Facebook, não são abrangidas pelo mesmo critério punidor, fiquei a pensar
que, entre os responsáveis desta rede social, talvez esteja o porquinho Baby.
Para quem não conhece o personagem, se é que ainda há
alguém que nunca tenha visto, pelo menos, um dos filmes, este porquinho tanto
escondia o rosto ao ver os cachorrinhos mamarem nas tetas da cadela, como
ficava a olhar concentradamente para o rabo das ovelhas.
E o facebook faz exactamente isso. Coloca em acção o
seu lado censor para castigar aqueles que ousam ilustrar os seus escritos com
fotos meramente de cariz sensual e admite a utilização de fotos de cariz
erótico, quase pornográfico, com o argumento: os primeiros mostram mamas e os
segundos não, apesar do sugestionamento que as mesmas encerram.
Mas não é só nisto que o Facebook é igual ao porquinho
Baby. Tal como a meiga criatura que, para além da ingenuidade, tinha as ideias
trocadas e pensava ser dotado de características que a natureza não lhe deu, os
responsáveis desta rede social também sofrem desse distúrbio e têm noções
erradas sobre o que é prejudicial. Tanto castigam, por "spam",
aqueles que partilham apenas cultura, sem verificar a culpabilidade, como
permitem a utilização abusiva de verdadeiros spam's e ainda patrocinam
descaradamente alguns perfis que nada mais fazem do que criar e difundir vídeos
corrompidos e que ao serem visionados, e/ou partilhados, se apoderam das senhas
dos utilizadores naífes, que ainda são muitos.
À estupidez do porquinho Baby eu até acho piada, à do
Facebook... nem por isso.
MANU DIXIT
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