Diário do absurdo e aleatório
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O vício de conhecimento empurra-me para leituras inquietantes que, apesar do desconforto da não identificação, têm o condão de plantar algumas sementes com fortes probabilidades de germinarem em algo útil.
Esta circunstância ocorre amiúde porque, por alguma razão que a própria razão me oculta, formatei-me de modo a conseguir ver qualidade literária naquilo que está fora dos parâmetros do meu gosto pessoal.
Quando isto acontece, fico sobressaltado pela indigestão que a leitura me provoca, no entanto, porque tenho um número considerável de neurónios sempre predispostos a saber mais, dou por mim a funcionar como uma esponja que absorve de forma selectiva, mas consciente, conceitos que posso aplicar nas criações por vir.
Este processo é a soma de duas máximas ancestrais: “O saber não ocupa lugar” + “Nada se perde, tudo se transforma”.
EMANUEL LOMELINO
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