segunda-feira, 4 de março de 2024

Murro no estômago (excerto 1) - Luís Vasconcelos

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Olhando fixamente para mim, naquele sombrio consultório de oftalmologia, o médico, de uma forma nua e crua, disse-me: “Luís tenho uma má e uma boa noticia para te dar. A má é que vais ficar cego, a boa é que pode não ser já!”. Eu era apenas um miúdo de treze ou catorze anos de idade e aquilo que acabara de ouvir, foi como se tivesse levado um murro no estômago. Inclinei o meu rosto e tentei, em vão, que as lágrimas não começassem a sair. Levantei a cabeça e o meu olhar virou-se para aquele homem, com raiva! Apeteceu-me espancá-lo! Olhei para ele com fúria e incredulidade. Cerrei os punhos. Fechei, por instantes, os olhos e tentei imaginar o que seria viver na escuridão.

EM - COMEÇAR DE NOVO - LUÍS VASCONCELOS - IN-FINITA

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