Diário do absurdo e aleatório
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Ser rigoroso no cumprimento de tarefas – que apelido de exercícios criativos – requer disciplina irrepreensível, que não pode ser violada, em nenhuma circunstância, independentemente da qualidade (ou falta dela) apresentada em cada texto.
O desafio é escrever. Escrever muito. Sem qualquer pretensão além da prática regular. Depois, com a maior naturalidade do mundo, ganha-se experiência, os processos ajustam-se, e a evolução acontece.
É necessário espírito de improvisação e um sentido crítico permanente para, em consciência, sermos capazes de distinguir os pontos fracos e encontrar formas de melhorar ou afinar metodologias. Fazendo uso desses predicados torna-se inevitável alcançar o progresso qualitativo desejado.
Mas há mais vantagens por se escrever diariamente e uma delas é o aparecimento de novas ideias para projectos futuros, sejam meros exercícios ou trabalhos de maior rigor literário.
Dito isto, e estando a pouco mais de metade destes Diários, já estou a trabalhar numa nova série de exercícios – menor que este, mas também em prosa – e que servirá para, pelo menos, limar algumas arestas em aspectos que acredito ter margem de manobra para melhorar, nomeadamente no controlo da extensão dos textos, treinando a capacidade de síntese.
Mas a lista não fica por aqui porque há mais ideias na forja.
EMANUEL LOMELINO
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