quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Diário do absurdo e aleatório 79 - Emanuel Lomelino

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Diário do absurdo e aleatório 

79

Toda a arte é dual. Pode ser objectiva ou arbitrária; inspiradora ou castradora; provocadora ou rasa; alegre ou melancólica; séria ou lúdica; satírica ou insonsa; deliciosa ou intragável; imortal ou efémera; contagiosa ou lacónica; bela ou monstruosa; etc, etc, etc…

Em outras ocasiões é polissémica. Pode ser início, meio e fim; tudo, nada e alguma coisa; abstrata, genérica e indefinida; excêntrica, estranha e rebelde; catarse, prazer e vício; etc, etc, etc…

A arte pode ser tanto e de tantas formas, dependendo de quem a vê e do modo como a entende.

Já foram tantos aqueles que dissertaram sobre a arte que é impossível dizer quem se aproximou mais da verdade. No entanto, para mim, a observação mais pertinente foi feita por Johann Goethe quando disse este quase paradoxo: Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte.

EMANUEL LOMELINO

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