Desses teus lóbulos apensos, pendentes sobre os meus ...
Escorre o mel, marejam os sentidos, sobram gotas de discretos risos
Como se tudo isto me apetecesse e se eternizasse no preciso momento
Eras sem dúvida, tu, essa volta de mar intrépida, que me inundava de serenidade, por dentro
Qual crescença de um impaciente arremesso, este de saciar a minha vontade, a de te dizer no momento, versos que me prendem, sem que o seja, à fala
Assim como o são as outras coisas contidas que nos movem, que surgem súbitas; no limbo, na orla de uma qualquer vontade
O descansar nas águas mansas, o deixar estar nos braços estreitos, devotos, amancebados pelo teu corpo, que na propulsão de um condensado abraço, sempre adensa
Sinto ainda a tua pele, que num caudal morno, se foi do receio, às cegas libertando
De uma forma tão doce quanto eloquente, plausível de aos meus olhos, sem fingir, acreditando
EM - AMANTES DA POESIA E DAS ARTES - COLETÂNEA - IN-FINITA
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