LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Até 1960, mamãe não tinha tido o filho homem que tanto esperava! Na família existia a crença que “menina dá mais trabalho do que menino”. Diziam que meninos eram mais livres, se viravam sem dificuldades como as delas. Imagino o quanto isso a frustrou.
Ela com 27 anos e chega o Roberto, pequenino, prematuro de sete meses, de cesariana e dois quilos e pouco, mas nasceu. Ficamos muito felizes! A excitação foi tão grande que papai enviou cartões para o “mundo inteiro” com dizeres no encarte em balões coloridos: “Verinha e Sergio mandam dizer que Roberto nasceu no dia 5 de setembro de 1961!”.
O nome Roberto foi uma homenagem ao meu avô paterno. Ele, como todos diziam, “parecia um rato” de tão pequenino e feio. Mas era homem e ficamos muito felizes. Não me lembro de nós, irmãs, sentirmos ciúmes dele. Gostávamos de cuidar dele e o tratávamos como filho. O que guardei foram os choros incessantes dele, depois do almoço. Mamãe resolveu seguir a educação infantil moderna que recomendava a criança ficar sozinha no berço e aprender a conviver com a frustração sem a presença constante da mãe, para não “estragar” a criança.
EM - OS CAMINHOS DA CURA - ANGELA RODRIGUES - IN-FINITA
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