LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Duas questões me incomodaram na internação: a qualidade da comida e a forma de alguns profissionais de me assustarem a respeito do risco nos próximos passos do processo. Os profissionais costumavam pintar um quadro bem dramático em cada etapa cumprida: “Prepare-se para vomitar muito, ter diarreias, tonturas, fraqueza… A febre certamente virá e nem adianta porque não sairá daqui tão cedo!”
O tom de voz parecia manso, mas a intenção “salamaligna” era me prevenir para o pior. Só que uso crenças e possibilidades diferentes, como “nada disso acontecerá comigo!”. Eu desafiei todas essas crenças cabeludas e todos se surpreenderam comigo!
Quanto à comida, foi uma novela à parte. As nutricionistas entravam no quarto, lindamente uniformizadas, com o cardápio recheado de fotos tentadoras. No segundo dia, passei a me esconder embaixo dos lençóis pela comida intragável, “incomível”. Eu não conseguia comer nada e passei a subornar os acompanhantes e enfermeiras a recolherem dos outros quartos requeijão, biscoitos e frutas para me sustentar. Também ameacei ligar para o “delivery” para comer bem.
EM - OS CAMINHOS DA CURA - ANGELA RODRIGUES - IN-FINITA
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