LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
Joana tinha deixado a cápsula para retomar a aldeia de sua mãe. O mundo passava a ser outro rastro diante dos seus olhos. A realidade agora tinha limites para além de uma tela, embora a inteligência artificial tivesse tomado conta de quase tudo que restou naquele mundo. Na sua trajetória até o destino final teve a possibilidade de vislumbrar o céu, sentir o queimar do sol na sua pele e até observar os contornos das nuvens que pareciam sorrir para si. Nem se lembrava da última vez que havia admirado qualquer paisagem que fosse natural. Respirava fundo pra sentir o ar entrando e saindo pelos pulmões. Há muito tempo não se recordava desse movimento que antes era tão natural, pois o mundo parecia ter tomado seu fôlego e a sua vida sacrificada ao piloto automático regido pelo slogan: “meu corpo, minha sentença”.
Optou por fazer o caminho com as próprias pernas ao invés de deslizar pelas esteiras ou voadores que tinham por todo o lado na estrada. Sabia que a partir do momento que atravessasse a fronteira o seu universo perderia a conexão. Era aquele o seu limítrofe onde deixaria as suas redes para trás. Desconectaria de sua própria imagem que, de tão semelhante a tantas outras, não se reconhecia mais. Quem afinal era?
EM - MULHERES EM DIÁSPORA - PLATAFORMA GENI - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso