terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

As nossas almas solitárias (excerto 15) - C. GONÇALVES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Lentamente, os nossos corpos encostam-se e as nossas bocas encontram-se mais uma vez, num beijo lento e demorado. Inconscientemente, aperto-lhe os nós dos dedos enquanto sinto o seu peito rijo encostado ao meu. Na vertigem, percebo o quanto me é difícil resistir-lhe e o quanto seria fácil, ceder ao instinto e entregar-me. Mas não o quero fazer; pelo menos não já. Não antes de perceber o que sinto por ele, não sem antes ter argumentado mil vezes contra o meu corpo frágil e solitário, nunca antes de ter enfrentado guerreiramente as ondas rebeldes do desejo que se espalham em mim quando me toca.

Jantamos como dois velhos amigos. Conseguimos rir e conversar com satisfação, enquanto o tabuleiro de lasanha vai desaparecendo. Na sala, da televisão ligada no Vh1, o Adam Levine canta aos nossos ouvidos:

EM - AS NOSSAS ALMAS SOLITÁRIAS - C. GONÇALVES - IN-FINITA

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