LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Agarro-me a essa ideia e quando entro na banheira cheia de água morna, sinto finalmente o corpo relaxar. Acendo uma vela de alfazema e o ar aromatizado invade-me os sentidos. Coloco a minha playlist favorita a tocar no telemóvel. A música Show me Love de Robin Schulz começa a tocar, fecho os olhos, e o seu rosto vem à minha memória. Não sei o que sentir, nem o que considerar. Na sua companhia, sinto-me bem e incomodada ao mesmo tempo. Os seus olhos trazem-se sossego e alvoroço de uma só vez. As suas mãos fazem-me sentir segura e frágil no meu interior. Poderia ser de outra forma? Não sei, não consigo perceber. Já faz muito tempo que não estou com ninguém e os sinais que o meu corpo me dá, podem ser simplesmente carência. Ou solidão. Ou necessidade. Não lhe quero fazer isso. Beijá-lo só porque me apetece, tocar o seu rosto só porque me dá segurança, avançar mais só porque preciso de sentir. Porque me fechei tanto na minha concha que já não sei onde é a saída. Porque dediquei a minha vida aos meus filhos e me esqueci da mulher que ainda vive dentro de mim. Porque me coloquei em segundo plano. Porque me esqueci de viver.
EM - AS NOSSAS ALMAS SOLITÁRIAS - C. GONÇALVES - IN-FINITA
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