LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Era uma quase tarde de abril, o frio ameaçava chegar, quando um carteiro entregou um envelope à Arlinda, que leu o escrito, sem compreender os dizeres. Dobrou o papel, repetindo as dobras, que devia ser coisa de muita importância e colocou-o em cima da cristaleira. No quase noite, quando o filho haveria de chegar de suas andanças desnorteadas, poderia lhe fazer entender, por qual motivo a Caixa Econômica lhe enviara tal correspondência. Tudo o que havia conseguido fazer em toda a sua existência estava depositado na Caixa. Era com os juros desse dinheiro que inteirava a minguada pensão do falecido, para o de comer e para o remédio do filho que havia ficado doente da cabeça ao chegar na idade adulta. Do marido que muito amara, herdara uma casa de seis cômodos e a pensão para cuidar de si e do menino de então dois meses, que passou a ser o único motivo de alegria e de riso.
EM - CONTOS E CASOS - TEREZINHA PEREIRA - IN-FINITA
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