sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A cruz haitiana (excerto 10) - IARA LEMOS

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O sabor do pão de argila comprado por poucas moedas pela freira, e que foi servido naquela manhã como um dos pratos principais do nosso primeiro café no Haiti é bem diferente dos pães caseiros da cozinha italiana. Crescido à base dos fermentos de batata, típico das receitas das “nonas”, é dele que Adorema lembrava quando perguntada sobre o que tinha saudade de sua infância.
“Aquele cheirinho de pão caseiro que impregna a casa toda. Bate tanta saudade”, afirmou, pensativa.
Ainda quando criança, a religiosa aprendeu o valor de degustar uma boa alimentação. Herança da família de descendentes de italianos que ela deixou em Faxinal do Soturno, cidade gaúcha pertencente à Quarta Colônia de Imigração Italiana, na região central do Rio Grande do Sul.
Adorema sabe que, se cuidar do que come, a saúde agradece. É essa uma das missões que a freira, graduada em Enfermagem, busca levar aos haitianos desde meados de 2006, quando se mudou para o país “de mala e cuia”, como ela brinca, fazendo uso de uma expressão típica do Rio Grande do Sul.

EM - A CRUZ HAITIANA - IARA LEMOS - IN-FINITA

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