quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Vão da Vida (excerto 2) - SOL DE PAULA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Muitos não suportaram, sucumbiram. Outros, solitários, recuaram. Sofreram. Alguns buscaram alívio através das janelas. Mesmo longínquas, serviram de refúgio da dor.

O raio de luz invadiu, iluminou, incomodou, energizou. Incinerou a poeira que encobria a falta de esperança.

Ao tocar o limite entre o vão da vida e o fundo do oco, agarrei-me ao laço invisível da cooperação. Mãos se tocaram no imaginário coletivo, abraços foram ofertados com o olhar marejado, o aconchego latente tornou-se o melhor lugar de amparo. Ancoradouro.

Busquei acolhimento no tempo líquido por onde a sombra do sofrimento transformou-se em tempo de reflexão e inspiração.

Ainda bem que todo ser humano é movido pelo desejo. Desejo de superação, compreensão, sanidade, equidade. Humanidade.

Entre o vão da vida cultivei amizades, centelhas e lampejos. Adubei o solo com desejos recíprocos de superação. Ando colhendo avencas, lírios e gotas de felicidade para enfeitar a janela da empatia, renovação e do horizonte iluminado pela fagulha do encantamento.

Os tempos sombrios serviram de bússola e farol para iluminar o que de melhor há na vida. Respiração.

EM - SOMBRAS - TEMPOS DE ESCURIDÃO. TEMPOS DE LUZ - COLETÂNEA - IN-FINITA

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