LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Foram para a cozinha. Sozinhas, tomaram o café. O Mário foi ver a pequenina que se remexia no berço. Quando o Inácio saiu é que falaram comigo. Então, disse a eles que precisávamos programar a nossa vida. Que não tínhamos mais o pai. Mas que éramos cinco. Cinco pessoas saudáveis... E a vida continuou. Só Deus sabe a falta que o João nos fez. Só Deus sabe o tamanho do vazio que ficou dentro de mim. Um vazio que existe até hoje. Os meninos continuaram colhendo ovos no mato, achando galinha choca perdida e bezerro agarrado no cipó; arrancando matinho da horta; lavando louça no rego; carregando água para encher as bilhas e latões. Iam à escola também. Perto da casa da estrada havia uma escola. Uma professora vinha duas vezes por semana e juntava todas as crianças numa sala e ensinava a ler, a escrever, a fazer contas. A horta foi ficando viçosa. As plantações proporcionavam boas colheitas. Os animais também produziam boa renda. A vida tomou um bom rumo. Um rumo, talvez, diferente daquele para o qual o João nos guiava. Mas, continuamos. Como uma família alegre e unida.”
EM - CONTOS E CASOS - TEREZINHA PEREIRA - IN-FINITA
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