quinta-feira, 28 de julho de 2022

Grinalda de emoções (excerto 24) - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Tivemos muitos dissabores e momentos em que não estávamos de acordo uma com a outra, as nossas opiniões divergiam em quase tudo. Ela era uma senhora muito conservadora e gostava de comandar em tudo e em todos. Eu era rebelde e queria viver, queria ser como as outras crianças e, mais tarde, adolescentes, mas nunca o fui! A opressão, as proibições e a forma como a minha mãe achava que me devia criar, formaram um abismo entre nós, que se prolongou pela vida fora. Mesmo já depois de adulta e ter compreendido que tudo o que ela fez e a forma como fez foi com a convicção de que era o melhor para mim, nunca consegui ultrapassar a barreira que fora criada entre nós.
Quando penso em tudo isto, muitas vezes sinto-me revoltada comigo mesma, por não ter sido adulta suficiente para conseguir resolver este problema dentro de mim. Peço perdão à minha mãe, olho-a de frente, na foto que tenho sobre a minha secretária, outro local onde gosto de me sentar a pôr em ordem os pensamentos e os sentimentos, e sei que ela me perdoou. Sinto-me aliviada até nova revolta.

EM - GRINALDA DE EMOÇÕES - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA - IN-FINITA

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