LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Pela primeira vez o tratei por amigo, mas era o que sentia, que tinha nele um amigo. Raul olhou-me ainda com mais insistência, senti-me incomodada com aquele olhar, e respondeu: - “amiga, cada um de nós sente à sua maneira. Também gosto do mar mas, desde que vi uma linda menina ser levada numa onda e nunca mais voltar, deixei de sentir no mar a beleza que ele tem”. Baixei os olhos, para que não visse uma lágrima que apareceu sem que eu quisesse. Sou assim, sinto em mim o sofrimento dos outros e, naquele momento, senti a tristeza da perda de uma criança.
Olhei o relógio, apenas para disfarçar a minha fome, e disse: - “Raul, está na hora de almoçar.” - Ele fez o mesmo, olhou o relógio e concordou comigo, pelos vistos também sentia fome. Dirigimo-nos a um restaurante que eu já conhecia. Em tempos, era frequente ir lá almoçar com Miguel, quando íamos para o Algarve e parávamos ali, quase sempre, para uma pausa e um almoço. Desde que Miguel partira, nunca mais lá voltara.
EM - GRINALDA DE EMOÇÕES - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA - IN-FINITA
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