quarta-feira, 18 de maio de 2022

Grinalda de emoções (excerto 10) - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA

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Já era a segunda vez, em tão pouco tempo, que adormecia no sofá. Ora bolas, não me lembrava de ter sucedido antes. Nem me lembrava do gato, quando olhei a lareira e o vi, enroscado e a ronronar, sorri feliz, já não estava só. Fui para a cama, adormecendo de imediato.
Tal como no dia anterior, acordei cedo e depois do pequeno-almoço, fui arrancar ervas, sem antes dar o leitinho ao meu companheiro. Tinha que me despachar mais cedo pois precisava ir à loja comprar comida para felinos, o coitado não podia estar só a leite e água. Reparei que olhavam mais para mim e me cumprimentavam com um ar mais caloroso e percebi logo que havia conversa da Paulinha… afinal a estranha, era a neta da menina Rosinha. Mesmo quem não se lembrava da menina Rosinha, bastava a forma como o nome era pronunciado, para se aperceberem que era gente fina, da terra.
Dia após dia, fui limpando o quintal e, na mesma proporção, fui criando amizades nas gentes da minha terra. O gato, o Faísca, trouxe-me alegria e companhia, já não estava só, na terra e na casa que me vira nascer.

EM - GRINALDA DE EMOÇÕES - MARIA ANTONIETA OLIVEIRA - IN-FINITA

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