Era África livre, descontraída longe da agitação. Na mão um fio de prata, que segurava um papagaio de papel. No chão, um menino descalço que corria por ilusão e paixão. Ele acreditava que apenas com a sua vontade, ele voaria sem baixar, que subiria até alcançar o Luar. Nele colou desejos de doces e bombons coloridos, de dias melhores e carinhos perdidos.
Sem saber que com este simples pedido, ele daria a volta à terra e veria um outro menino a brincar, com um barco de papel que o fazia navegar. Era a Ásia na (E)monção que esperava a tempestade passar, que agora engrossava rios e os punha a transbordar.
E do outro lado da terra o menino de olhos rasgados sorria do efeito do vento no rio, que nas ondas transportava o seu barco de papel, para bem longe até ao mar. Nele depositara sonhos de marinheiro de calças curtas, de presentes para o futuro, mais justo e um abrigo seguro.
EM - PELO FIO DE ARIANA - ANA MENDES - IN-FINITA
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