sábado, 16 de abril de 2022

24 Setembro 2018 (excerto) - FRANCIS RAPOSO FERREIRA

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Mel, pela primeira vez nos seus últimos vinte cinco anos de vida, sente-se uma mulher feliz, receosa quanto ao futuro, mas feliz. Uma decisão já ela tomou, no dia seguinte irá telefonar à sua psicóloga, contar-lhe, sem rodeios, tudo quanto está a viver e pedir-lhe a sua opinião. Há muito que Mel aprendeu a confiar na Dra. Inês, como, nestes últimos tempos, só o fizera com Lúcia, o que não foi minimamente beliscado nem pelo facto de ter plena consciência que a amiga se aproveitou de um momento em que se encontrava mais débil emocionalmente falando, para a levar para a cama.
Lourenço, já de copos na mão e com o diário debaixo do braço, não consegue disfarçar todo o encanto que aquele corpo sob os já ténues raios de sol lhe provoca. Mel é, sem dúvida alguma, dona de um corpo perfeito, a que os longos cabelos pretos só dão mais, ainda mais, beleza. Deixa-se ficar alguns minutos a observá-la:
– Oh, licor de tangerina, o meu preferido.
– Poderia dizer-te que foi pura intuição masculina, mas seria mentira, pois, a verdade é que ao verificar que essa garrafa era a que estava mais vazia, deduzi que deveria ser aquele que mais aprecias.
– Obrigado pela sinceridade. Outros, talvez se tivessem posto a inventar com palavras bonitas, dizendo que era o amor e mais não sei o quê, mas, muito provavelmente, muitas delas só isso mesmo, palavras isentas de qualquer sentimento.

EM - DIÁRIO DE MEL - FRANCIS RAPOSO FERREIRA - IN-FINITA

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