quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Filha Selvagem – ISA PATRÍCIO

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Minha voz honra a elevação firme, é cantada ao luar e em cada renascer se esquece da noite anterior para poder cantar continuadamente. Jamais esta voz se rebaixa ao negrume da opressão, à castração soberba porque ela nasceu para ser elegante, por vezes feroz, para se erguer diante vil tirana.

Oh, viva voz que se afirma, que fala de poesia profana e sagrada, bom uso nos métodos de esclarecimento curando silêncios.

Nas labaredas do fogo santo dança a filha selvagem, descalça, com o peito meio descoberto, a saia contornando os joelhos e acompanhando o movimento do corpo numa alegria extasiada. Índia indomada, coração livre, espírito infindo, donzela, maga, mestra do seu ritmo que ora às sete luas e aos nove sóis para que a natureza se resgaste no íntimo e regenere.

É a filha selvagem que sente o caminho da alma, bússola encantada, escoltada de beleza verdadeira faz quanto pode para ser intrínseco seu valor.

Melhor pedra de toque para experimentar o verso do poeta, seguindo métrica transparente no fluxo essencial. Ela beija a alma do poeta como uma chancela lacrada nas iniciais do seu cancioneiro, que vislumbre acarreta doce ocasião.

Somos filhas selvagens que dão bem a conhecer a sua expressão, compreendendo especial graça, quão certa prosa de estilo.

Filhas selvagens isentas de nomes... Sabem quem são!

EM - VERSO & PROSA - COLECTÃNEA - IN-FINITA

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