segunda-feira, 14 de junho de 2021

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS... PEDRO CALDEIRA SANTOS

Agradecemos ao autor PEDRO CALDEIRA SANTOS pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - O que entrega de si, enquanto pessoa, na hora de escrever?

Acima de tudo honestidade. Não antecipo o que escrevo, nem o faço de forma planeada. Daí que, a espontaneidade que caracteriza a minha forma de escrever, acaba por se traduzir em textos que traduzem formas de pensar e de sentir, ou acabam por assumir a forma de mensagem segundo a minha visão e/ou opinião sobre o mundo em que vivemos.

2 - Criar textos é uma necessidade ou um passatempo?

Não se trata de necessidade nem de passatempo. Escrevo por impulso e com o tempo, aprendi a levar a sério esta atividade. Não posso por isso classificar como passatempo. Mas também não o faço por necessidade. Digamos que é uma forma de estar, que complementa as outras vertentes da minha forma de estar na vida – pessoal, profissional, cívica...

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Tal como decorre das respostas anteriores, é a espontaneidade, sem qualquer dúvida.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Por enquanto é na poesia que me encontro. Mas gostava de escrever um romance ou um ensaio ou livro de opinião sobre o que penso da realidade politica, económica e social que vivemos

5 - Que mensagens existem naquilo que escreve?

Escrevo por impulso sobre assuntos diversos. Não escolho temas nem escrevo com o objetivo de deixar uma mensagem precisa ou a minha opinião sobre algo. ´Porém, é obvio que a maioria dos poemas acaba sempre por transmitir algo.

6 - Quais as suas referências literárias?

São várias. Todos acabamos por ser moldados pela leitura dos livros que escolhemos ler e que, por isso, acabam por se tornar referências. Não tenho nenhuma referência literária especifica, mas, de entre o muito que leio, na poesia gosto muito de ler Herberto Hélder, Luis Miguel Nava, Al Berto ou Maria Teresa Horta.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras e autores?

A divulgação, para mim, é sem dúvida a maior forma de apoiar quem gosta de dar a conhecer o que escreve. Talvez o mais importante seja a colocação dos livros no circuito comercial, dando visibilidade nas livrarias, às novas obras e novos autores. Deveria de existir nas livrarias um local próprio para divulgação de autores desconhecidos. Para mim, uma obra literária tem obrigatoriamente de “cheirar a papel”. Mas hoje, as editoras apostam apenas na comercialização de obras de autores conhecidos que possam dar garantia de venda. Só de quando em quando, surge a aposta em alguns (muito poucos) autores em cujas obras apostam por, de acordo com a respetiva politica editorial, puderem vir a ter algum êxito comercial.  Não é por acaso que os novos autores divulgados são normalmente já conhecidos do público em geral em outras atividades – políticos, jornalistas, comentadores, etc… Todos os outros acabam esquecidos, sem qualquer promoção ou divulgação. A maioria dos novos autores que arriscam editar, praticamente fazem-no por conta própria, mas não conseguem ou é grande a dificuldade em divulgar as suas obras ou fazem-no em meios muito restritos. Daí que todas as formas de apoio à promoção dessas obras sejam bem-vindas.

8 - O que concretizou e o que ainda quer alcançar no universo da escrita?

Para além de diversas participações em trabalhos coletivos, tenho publicados 3 livros de poemas. Nunca ganhei coragem para colocar um livro no circuito comercial, mas gostava de concretizar essa experiência.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

É uma forma de divulgar o que escrevo para lá do meu meio. Uma maneira de dar a conhecer a minha escrita a pessoas que não conheço, que também não me conhecem e que de outra forma nunca teriam contacto com o que me atrevo a escrever. Tenho conhecido outros autores que participam nestas obras, acabando por ser agradável revermos e conversarmos com algumas dessas pessoas no lançamento das obras.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Nenhuma em especial. Não teria problema em responder a qualquer pergunta que me pudessem vir a fazer, porque responderia sempre de uma forma séria e transparente.

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