quinta-feira, 17 de junho de 2021

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS... ANA TEIXEIRA

Agradecemos à autora ANA TEIXEIRA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - O que entrega de si, enquanto pessoa, na hora de escrever?

Quando escrevo, procuro ser o mais autêntica possível com meus sentimentos e meu estilo, passeando pelo real e pelo fantástico. O humano me fascina.

2 - Criar textos é uma necessidade ou um passatempo?

Começou como passatempo e agora passou a ser uma necessidade, pois a escrita diária é um intercâmbio comigo mesma, com minhas experiências e minhas expectativas.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Acredito que ambas as coisas sejam de igual importância. A espontaneidade caracteriza o(a) autor(a) e atrai o(a) leitor(a). O cuidado linguístico é essencial em respeito à Língua e suas possibilidades construtivas.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Gosto de escrever poemas, contos e agora estou me dedicando a um romance. Considero-me amadora no sentido da experiência literária. Particularmente para mim, o gênero depende do momento, do sentimento.

5 - Que mensagens existem naquilo que escreve?

Basicamente, escrevo o que sinto misturado às minhas memórias e com uma pitada de criatividade, de surrealismo que o processo criativo permite.

6 - Quais as suas referências literárias?

Gosto de Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Lígia Fagundes Telles, Maria Valéria Rezende, José Luís Peixoto e tantos outros.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras e autores?

Acredito que o acesso a(o) leitor(a) seja o principal objetivo de uma obra literária ou de qualquer manifestação artística. Hoje em dia, existem inúmeras possibilidades devido ao alcance via internet e também às bibliotecas públicas com a digitalização de seus acervos. Os eventos culturais também são importantes, como feiras literárias, encontros, saraus, debates, lives, blogs e entrevistas.

8 - O que concretizou e o que ainda quer alcançar no universo da escrita?

Escrevo muito para mim. Atualmente participei de três antologias, incluindo a da Conexões Atlânticas Brasil – Portugal. Pretendo publicar um livro meu até o próximo ano.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Porque ainda não tenho a expertise que julgo necessária para uma publicação individual. Acredito que os trabalhos coletivos trazem segurança a quem escreve e variedade a(o) leitor(a).

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Esta entrevista está bem completa, mas poderia ser acrescentado: como a pandemia influenciou os processos criativos ou literários, por exemplo.

Acredito que a pandemia nos tornou mais reflexivos a respeito de nós mesmos e do mundo em que vivemos e ainda, de como queremos nossa vida no futuro. Fez-nos pensar no individual como ser humano e no coletivo, como a cooperação e participação de todos com uma política mais inclusiva.

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