terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Cangalha do Vento (excerto XXII) - LUIZ EUDES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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O incómodo residia em presenciar toda aquela situação de abandono e dor. É verdade, é muito doloroso ver a sua história sendo devorada pela ação impiedosa do tempo a devastar todo um passado de alegria, de amor, de luta, de trabalho e de vida. O tempo estava a ser implacável e a transformar tudo num futuro de abandono e dor. 
– Não, não virei mais aqui. Nunca mais. Não posso ajudar a alimentar os fantasmas que habitam neste espaço. 
Voltaram à cidade. Café levava fotos, Fernando culpa, e José Paulo as dores da lembrança. 
Aquele sentimento de culpa estava muito forte e violento em Fernando. Não deveria ter levado o seu pai a visitar a Fazenda Baixa Funda. Sentia remorso por ter feito aquilo. Precisava sair para arejar os pensamentos.

EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA

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