sábado, 30 de janeiro de 2021

Cangalha do Vento (excerto XVIII) - LUIZ EUDES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Esther era freguesa da mercearia de José Paulo e estava sentada numa esteira feita por ela mesma com palha de licurizeiro. Gostava de mergulhar em lembranças e isso era salutar a José Paulo e ao Fernando, que observava dona Esther com um preceito de que ela estava além das coisas mais comuns do lugar. Para ele, uma mulher com aquela idade conhecia histórias e fatos do mundo.
– Hein! É você o menino de Aristeu? – disse a anciã, com um sorriso agradável apertando os olhos para melhor enxergar José Paulo.
– Sim, sou eu! – respondeu José Paulo carinhosamente.
– Pois sim. Posso estar bem velha e fraca, mas se eu disser para você que lembro do seu pai quando lhe deu na veneta ir para a floresta, vai ver sim que tenho uma cabeça boa. – disse a velha negra batendo com o indicador na cabeça.
– Puxa! É incrível que se lembre tão bem.

 EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA

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