domingo, 20 de dezembro de 2020

Cangalha do Vento (excerto X) - LUIZ EUDES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Fernando tinha olhos que brilhavam de querer saber. Quando o pai falava de São Paulo, e das coisas que vivera por lá, escutava quieto e curioso. 
Por mais que o planeta já fosse outro, moderno até mesmo no Junco, onde o acesso à internet permitia descobrir o mundo todo, o menino gostava das histórias, dessas que vão-se desdobrando no decorrer do tempo e desembocam diferentes, mas quase iguais, de geração em geração. Quando o amigo Dusa Oliveira surgiu com alarde no seu quarto ele sabia que não era uma desgraça que viera contar, mas sim um caso. 
– Oh, rapaz! O que você ainda está fazendo nesta cama com tanto furdunço acontecendo na cidade? Fernando foi acordado pelo colega esbaforido. Acabava de chegar da padaria de Edvar, onde o comentário era um só: o homem que foi à busca de uma botija cheia de ouro enterrada no cemitério. Falavam em coisas de outro mundo.

EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA

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