Agradecemos à autora VERA SILVA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1
- Como se define enquanto pessoa?
Um
ser em eterno processo de construção e aprendizado. Gosta e cuida de gente. Ama
aprender e ensinar. Tem como propósito e missão, SER agente de mudança para
construir um mundo mais saudável e feliz nos âmbitos: pessoal, profissional e organizacional.
A Gratidão é uma das minhas primeiras virtudes, assim como, o amor ao
aprendizado, curiosidade, criatividade e perspectiva. Tudo isso me ajuda a ter vitalidade e muito amor e respeito
as pessoas e a vida.
2
- Escrever é uma necessidade ou um passatempo?
Escrever
como profissional da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional, as minhas
vivências me inspiram a explorar os assuntos cientificamente, com mais
profundidade no sentido de ampliar conhecimentos e melhorar a atuação e
influência sobre a realidade demandada.
Escrever
reflexões e insights, que é como defino o que escrevo nessa perspectiva do
Conexões Atlânticas, é para mim algo muito intuitivo, natural, prazeroso. Tenho
insights, sinto no ar aquele tema pairando, me convidando, aí traduzo em
palavras apenas o que o coração sente sem pretensão alguma, porém, percebo que
palavras sempre ressoam em algum coração, já que são como pássaros, pousam sempre
em algum lugar.
3
- O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado
linguístico?
Ambos
são naturalmente importantes. Tendo em vista que a finalidade de toda
comunicação é se fazer entender, compreender e obter alguma resposta, reação ou
emoção, particularmente, considero muito importante o senso de adequação ao
público ao qual se dirige. Um artigo científico, exige um rigor, o cumprimento
de normas e palavras em um nível mais formal e intelectual. No entanto, a espontaneidade
e simplicidade na poesia, em insights e reflexões, é muitas vezes importante,
tocante e agradável. Gosto de escrever, porém não sou expert, como já falei.
4
- Em que género literário se sente mais confortável e porquê?
Em
coerência com o que já mencionei, no contexto que estamos falando e de acordo
com o que escrevi durante mais de 5 anos na minha coluna sobre Comportamento no
Jornal Gazeta da Torre em RECIFE-PE, me identifico mais com Crônicas,
“textos narrativos, cuja temática é vinculada ao cotidiano das cidades”, assim
como, com Poemas: “textos
escritos em verso que apresentam visões particulares sobre si, a existência ou
a própria linguagem.”
Como
Coach de vida e profissional, sou adepta do método Socrático. Através de
questionamentos e reflexões, facilito as pessoas encontrarem as respostas e a
sabedoria dentro delas mesmas.
5
- O que pretende transmitir com o que escreve?
Sempre
e até pela própria experiência pessoal, busco transmitir o que tenho em mim, uma
visão positiva da vida, um Mindset de Crescimento, o estímulo ao
autoconhecimento para que as pessoas descubram, se apoderem e se empoderem pelo
conhecimento, para serem agentes de mudanças positivas na própria vida a fim de
se tornarem protagonistas, donas das suas histórias e dos seus destinos e não se
deixem paralisar pela vitimização.
6
- Quais as suas referências literárias?
Dentro
dessa linha que estamos falando: Fernando Pessoa, Mário Quintana, Clarice
Lispector, Cora Coralina, Rubem Alves, Lya Luft, Martha Medeiros.
Me
inspiram Sócrates, Jung, Freud, Rogers etc., pois consigo enxergar nas
divergências, completudes que me despertam interesses.
7
- O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?
Confiabilidade,
Planejamento, Marketing, Qualidade na edição, ilustração, encadernação e
apresentação, assim como, ter um networking significativo e coerente.
8
- O que ambiciona alcançar no universo da escrita?
Primeiro,
que as pessoas se interessem em ler e captar o sentido positivo das minhas simples
Reflexões e Insights; Contribuir para o florescimento do ser humano, das
empresas e do planeta; contribuir para uma cidadania planetária, de valorização
do ser humano, solidariedade, compromisso com o meio ambiente, empatia e amor.
9
- Porque participa em trabalhos colectivos?
O primeiro projeto
de coautoria que participei surgiu de um convite inesperado de um mestre para
escrevermos um livro: O Salto Quântico da Liderança, onde vários Masters
Coaches escreveram sobre o assunto. Foi uma experiência excelente e o nível de
trocas muito elevado. Isso me fez
receptiva a novas experiências. Pelos motivos citados, participei do projeto
Ecos do Nordeste Brasil e agora Conexões Atlânticas. Tenho uma afinidade
natural com Portugal, admiro a educação, cultura. Gostei muito da qualidade da
comunicação da In-Finita, assim como articulação, divulgação, pontualidade, credibilidade.
10
- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Quais
as suas reflexões e mensagem à respeito dessa realidade de Pandemia do COVID19?
Em
meio a surpresa, incertezas e imprevisibilidade, o ensinamento de que o
dinheiro e poder por si só não são capazes de resolver os maiores problemas do
mundo. A certeza da vulnerabilidade de tudo isso e do ser humano. A necessidade
de união, conhecimento científico, planejamento, ação coordenada,
solidariedade e humanidade para superarmos e crescermos com todos os
ensinamentos trazidos por essa crise.
Desejo
que possamos acreditar que em toda crise há oportunidades de melhoria internas
e externas. Desta forma, busquemos acessar dia a dia dentro de nós mesmos, as
forças e virtudes necessárias para preservarmos a nossa saúde mental, aceitarmos
o que não podemos mudar e agirmos afetivamente para esse alcance. Como somos
seres sociais, buscarmos cultivar as relações interpessoais, afetivas e
familiares. Vigiar o pensamento e manter a positividade. Aliviar o estresse ou ansiedade, acessando por
exemplo: gatilhos mentais agradáveis, lembranças boas, fotos, viagens, filmes,
músicas, aerohit, mindfulness, exercício, dança, orações, sonhos e, muitos poemas
e poesias...
Creio
que no Mundo Pós Pandemia surgirá uma nova consciência! A Consciência que
existe uma energia, um Ser Supremo que rege e equilibra todo o universo, hoje
tão desequilibrado pelas ações e interesses inconsequentes e unilaterais dos
homens. Essa nova consciência que emerge no cenário do COVID19 em meio a dor e
sofrimento e nos vem mostrar a realidade da interdependência de tudo, de que
fazemos parte de um TODO, que cuidar dos outros é cuidar de si. Que cuidar do
ar e zelar pelo equilíbrio do ecossistema é essencial. Que todas as vidas
humanas, da fauna, da flora importam. Façamos desse crise uma grande lição. Um
ponto de mutação para criarmos esse Mundo Novo, restaurado, “limpo”, empático e
fraterno, em benefício de todos nós e do planeta. SOMOS TODOS UM.
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