Agradecemos à autora ALICE SANTOS pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?
Sou, por norma, uma pessoa positiva, e isso faz com que
encare esta pandemia com a calma necessária para manter a sanidade mental, mas
sem nunca esquecer os cuidados que todos devemos ter. Não vivo numa histeria
nem num mar de rosas, contudo há momentos em que preferia que tudo não passasse
de um filme de ficção.
2 - Enquanto autora, esse momento afetou o
seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?
Para mim, escrever não é um momento de inspiração, é,
antes, um processo que leva tempo e requer trabalho. Assim, a pandemia não me
afetou em termos de escrita, enquanto vontade para escrever, afetou sim, porque
estive adoentada e, logo a seguir, tive muito trabalho. Ainda assim, não deixei
de escrever.
3 - Quando isso passar, qual a lição que ficou?
Duvido que as lições que se possam tirar depois disto
tudo, perdurem. As pessoas têm tendência a esquecer, por isso, pouco vão
guardar de bom desta crise. Podiam aproveitar e ver que a saúde, é realmente o bem
mais importante! E, já agora, para não serem tão mesquinhas, por exemplo.
4 - Os movimentos de integração da mulher, influenciam no
seu cotidiano?
Vou estando atenta ao que se passa. Fico feliz por ver
que a Mulher tem vindo a ganhar um papel preponderante na evolução mundial.
5 - Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua
obra? Percebe retorno nas suas ações?
Tenho participado em coletâneas, vou a encontros de
poesia, escrevo no site www.escritartes.com (tenho colocado lá menos textos do que
devia), e, no facebook, quer em grupos quer na minha página.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da
escrita para a mulher?
A escrita no feminino tem nomes bem sonantes. Isso é um
incentivo para todas as que jovens que queiram escrever. Há, contudo, que
ultrapassar as barreiras que ainda existem, simplesmente, por se ser mulher. A
sobrecarga horária que uma mulher tem com a sua carreira (quando lhe é
permitido ter uma) e os seus afazeres em casa (quando não tem ajuda), ainda
condiciona a sua liberdade criativa.
7 - O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um
projeto a curto prazo e um a longo prazo.
Essencialmente pretendo continuar a escrever e, se
possível, editar um livro. Afinal, já plantei árvores e já tenho um filho. Só
me falta o livro… rsrsrs
8 - Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos
Encontros Mulherio das Letras em Portugal?
Organizar a workshops ligados à escrita, talvez fosse
interessante. A continuação e reforço dos elos de ligação e dinâmicas com
autoras que escrevam em língua portuguesa. Escrita e a sua vertente
social, talvez fosse interessante ver onde nos levaria…
9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou
influencia na escrita.
Além das autoras que influenciam “todas nós” e que são
sobejamente conhecidas, há uma escritora que me tem influenciado com a sua
escrita e, também, enquanto pessoa. Goreti Dias, quer com os seus livros
infantis, quer com a sua poesia, quer, ainda com a sua prosa, tem deixado a sua
marca na escrita ao longo dos últimos anos. Sapo saudoso, Animais mais
iguais, Dos Prazeres e seus
Contrários, Singularidades,
entre tantos outros, são alguns dos títulos por si publicados.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Tenho duas…
Posso publicar os teus poemas num livro? Posso musicar um
poema teu? Claro que sim!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso