segunda-feira, 3 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... KLEYSER RIBEIRO


Agradecemos ao autor KLEYSER RIBEIRO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Eu sou uma pessoa que tem muitos sonhos e luta efetivamente para conquistá-los. Nesta busca, eu me defino como alguém comumente motivado e determinado. Além disso, eu gosto de muita coisa diferente, o que pode ser observado pela minha formação acadêmica bastante ampla. Logo, eu costumo fazer muita coisa ao mesmo tempo, pois eu gosto de matemática, política, literatura, economia, entre outros assuntos. Desta forma, eu estou sempre procurando organizar as minhas múltiplas tarefas diárias e elaborando planos para o futuro. Resumidamente, eu penso que eu sou um sonhador que procura manter os pés no chão, por meio de objetivos e planos. Em outras palavras, eu sou uma pessoa que luta para obter novas conquistas, todos os dias, em diversas áreas diferentes. Apesar de ter um plano de vida, eu também sou aberto para novas possibilidades, pois eu acredito que a mudança faz parte do processo de evolução humana. Ademais, eu sou perfeccionista e bastante autocrítico, de modo que tais características influenciam na minha forma de escrever e nos resultados da minha produção textual.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Eu penso que o ato de escrever nasceu como um passatempo, quando eu ainda era jovem, mas acabou se tornando uma necessidade na minha idade adulta. Há certas coisas que eu não consigo conversar diretamente com as pessoas mais próximas, ou seja, com a minha família e os amigos. Então, eu utilizo a escrita para me comunicar com pessoas que estão mais longe de mim, como uma forma de expressar a minha opinião, nos textos críticos, ou levar alguma forma de entretenimento nos contos e nas poesias. Às vezes, eu fico frustrado quando eu não consigo desenvolver um bom texto, demonstrando a minha necessidade de produzir algo efetivamente bom, justamente por ser perfeccionista e extremamente crítico comigo mesmo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Em relação ao cuidado linguístico ou espontaneidade, eu diria que isso depende muito do tipo de texto que está sendo produzido e para quem você está escrevendo. Quando eu escrevo contos ou textos críticos, eu tenho um cuidado linguístico muito grande. Na maioria das vezes, quando eu escrevo poesias, eu também tenho este cuidado, tanto que eu reviso as palavras e os versos diversas vezes. Porém, a poesia é algo mais livre, ela permite grande liberdade. Então, há ocasiões em que a espontaneidade e a criatividade falam mais alto durante a criação poética.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Eu me sinto mais confortável quando escrevo poesias, porque a poesia permite uma maior liberdade de criação. Além disso, a análise de poesias é muito subjetiva. Todo mundo sabe disso! Quando você desenvolve um texto de opinião, por exemplo, as pessoas comumente julgam fatos e argumentos com base em valores intrínsecos ou opiniões pessoais. Neste caso, deveria ser feita uma análise mais racional, mas as pessoas julgam com base em fatores pessoais. Esta falta de discernimento de muitas pessoas acaba sendo algo desconfortável. Ainda, em relação ao gênero literário, eu gosto mais de escrever contos de suspense de mistério e investigativos. Porém, eu ainda escrevo poucos contos porque eles exigem mais tempo de estudo, produção e revisão. Como eu costumo fazer muitas coisas ao mesmo tempo, isso acaba interferindo na minha produção de contos. Porém, isso não atrapalha na produção poética.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Eu pretendo transmitir boas sensações quando eu escrevo poesias e contos. A poesia possibilita a transmissão de emoções, estabelecendo certa relação entre o escritor e o leitor. Nos contos de mistério, consegue-se transmitir a curiosidade e a vontade de desvendar os segredos da estória. Por sua vez, os textos críticos permitem transmitir a opinião em relação aos temas sociais contemporâneos.

6 - Quais as suas referências literárias?

Eu tenho muitas referências literárias, mas eu gosto muito da produção poética do Carlos Drummond de Andrade. Eu acredito que ele seja uma das principais referências na forma de me expressar. No entanto, eu admiro também outros autores da língua portuguesa.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A questão da divulgação de obras literárias ainda esbarra no fato de que há poucas pessoas com hábito de leitura nos países menos desenvolvidos e com maior desigualdade social. Infelizmente, o Brasil ainda se encontra nesta situação. Com base na minha própria experiência de vida, eu observo que há poucas pessoas da minha convivência que costumam ler por passatempo ou para buscar o desenvolvimento pessoal. Diante disso, a internet possibilitou conhecer pessoas de outras regiões do país e estabelecer novas redes de contato. Então, com base neste cenário, eu penso que a internet se tornou o principal meio de divulgação da produção literária. Contudo, diante das dificuldades financeiras de uma grande parte da população brasileira, eu acredito que seja essencial desconstruir o mito de que a leitura seja um hábito da elite ou somente de acadêmicos. Ademais, torna-se necessário desconstruir também o mito de que a aquisição de livros seja meramente um gasto, ao invés de investimento na cultura e no conhecimento pessoal. Porém, ainda existe a barreira econômica a ser superada, porque se a pessoa se encontra na base da pirâmide social, ela ainda luta por sobrevivência e o livro é visto como algo desnecessário. De fato, a desigualdade social existente no Brasil ainda interfere bastante na questão cultural.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Eu tenho muitas ambições no universo da escrita: escrever vários livros, conhecer outros escritores, ser reconhecido pelas minhas publicações etc. Afinal, todo escritor fica extremamente grato com elogios e até mesmo com críticas construtivas, pois isso significa que as pessoas estão lendo aquilo que ele escreve. Então, eu penso que a minha maior ambição como escritor é levar a mensagem que eu transmito por meio dos textos para muitas pessoas, para que elas desenvolvam o hábito da leitura e consigam evoluir ainda mais como seres humanos.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Em minha opinião, a participação em trabalhos coletivos é muito importante para todo escritor. Isso permite que eu conheça mais escritores e aquilo que eles estão escrevendo. Além disso, eles também podem me conhecer melhor e conhecer o meu trabalho. Desta forma, permite-se criar uma rede de contatos fantástica e se desenvolver efetivamente como escritor.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Eu não tenho nenhuma pergunta específica para mim mesmo, porque eu sou bastante aberto às indagações e responderia qualquer pergunta com sinceridade, de modo que eu buscaria sempre transmitir a minha verdadeira essência nas palavras.
Por fim, eu gostaria de agradecer pela oportunidade. Muito obrigado!

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