domingo, 16 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... ANA MARTA


Agradecemos à autora ANA MARTA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1. Como se define enquanto pessoa?

Sou uma pessoa complicadamente simples e simplesmente complicada.
Toda eu sou sentimentos e pensamentos. Sou assertivamente doce e, uma pedra que teima em não quebrar.

2. Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever é uma necessidade, que se tornou num passatempo.
Desde cedo tive a necessidade de encontrar uma forma de expressar o que me inquietava, como forma de desabafo. Em adolescente, escrevi quatro diários e comecei a escrever pequenos poemas. Mais tarde, procurando algo que me preenchesse, acabei por me reencontrar com a escrita que passou a ser diária e que ocupava os meus tempos de ócio.

3. O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?
Ambas. No meu caso, escrevo com a espontaneidade que me é característica, porque me baseio em sentimentos reais, mas procuro sempre fazê-lo de forma correcta, sendo que o cuidado linguístico vem depois do que sai espontaneamente, na fase da correcção. Outras vezes, tento esculpir uma ideia linguisticamente, como se de um jogo se tratasse, acabando por me divertir buscando maneiras diferentes de dizer ideias simples e comuns.

4. E que género literário se sente mais confortável e porquê?

Gosto de escrever textos de reflexão, porque me obriga a pensar sobre os temas, a pesquisar ou, simplesmente, a colocar os assuntos sob diferentes perspectivas.
Porém, desde muito nova, encontrei na poesia a tal forma de expressão, que é muito mais artística e, com a qual, podemos moldar os sentimentos que nos irrompem a alma.
Gostaria de me aventurar a escrever um romance, mas sinto que ainda não chegou a hora.

5. O que é que pretende transmitir com o que escreve?

Com os meus textos de reflexão convido as pessoas a refletir sobre determinado assunto e, quer concordem ou não com o que escrevo, o importante é por as pessoas a pensar. Se o conseguir já sinto que cumpri o objectivo.
Quanto à poesia, gosto de saber que o que escrevo tem uma diferente interpretação, de pessoa para pessoa, de acordo com a vivência de cada um. Isso é a magia da poesia. A liberdade total que temos para absorver e sentir o que foi escrito por alguém, tornando-o nosso.

6. Quais as suas referências literárias?

Sendo que gosto ler qualquer género literário, diria que não tenho referências literárias, mas sou o resultado de tudo o que li, tudo o que aprendi, tudo o que senti sobre o que li.

7. O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

O essencial para a divulgação de uma obra é a honestidade. Não vender "gato por lebre", dando ao leitor indicações sobre o que eles podem encontrar na obra.
Cada obra encaixa num público específico e, tal como as obras, existem públicos de todas as espécies.
O melhor de um livro é quando ele se revela uma boa surpresa e o pior é quando se torna uma grande desilusão.

8. O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

De facto, o que me move na escrita não é um objectivo que tenha alguma vez ambicionado.
Tudo tem acontecido aos poucos, passo a passo, e, neste momento, será mais a curiosidade de saber até onde eu posso chegar, dando o meu melhor e saboreando cada texto, cada poema. Quando a escrita deixar de ser prazer ou necessidade, deixará de fazer sentido escrever.

9. Porque participa em trabalhos colectivos?

Esta será a minha primeira experiência. Fui desafiada e eu gosto de desafios.
Voltarei a participar, sempre que ache o desafio aliciante.

10. Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
De momento, não me ocorre nada. Sou uma pessoa que "gosta muito de dizer coisas", pelo que não necessito de perguntas para dizer o que acho que devo dizer!

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