quinta-feira, 9 de julho de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... JOSÉ ALENTADO


Agradecemos ao autor JOSÉ ALENTADO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Sou falador, alegre, bem disposto e com uma dose de humor acima da media, respeitador do espaço de cada um, conciliador, sonhador a avaliação, modesto, critico, bom ouvinte e bom conselheiro, gosto de conhecer novas pessoas, sou um observador de comportamentos, sou um homem com sorte, com carácter, (não sei se ainda se sabe o que é) não gosto de me avaliar porque me acho tão normal como milhões de outros seres que andam por ai incógnitos, e felizes.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

É uma extensão de mim, será ambas as coisas, escrever é o resultado de reflexões diárias, um registo externo de algo interior, que ficaria para sempre comigo, e que desta forma fica sujeito a outras sensibilidades, no entanto, há na escrita uma procura de outras formas iguais de sentir, uma identificação com outros, uma partilha que me dá prazer quando percebemos que somos um universo partilhado. 

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

A resposta poderia ser aquela que mais se identifica comigo, e aí responderia que seria o processo criativo da espontaneidade, no entanto, entendo que o cuidado linguístico deve acompanhar o processo criativo sem o mutilar, caso contrário teremos aí a inteligência artificial a fazer poesia ou outras formas de escrita. Já escrevemos tão pouco que devemos ter algum cuidado quer com a forma, quer com o conteúdo.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Neste momento; Prosa poética e poesia. Digo neste momento, porque o processo criativo se situa nesta área; estou tirando a água do poço e o nível continua em cima, então porque não continuar enchendo o reservatório que ainda está quase vazio?. No entanto sinto que existe também chamamentos para outras áreas de escrita que ainda não fazem parte do meu dia a dia. Vamos com calma que tenho muito tempo… ahahah.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Tento transformar emoções em palavras, dando-lhe formas que levem as pessoas a identificarem-se com essas emoções. Dado tratar-se de sensações e emoções, temos níveis diferentes de sentires, dai que quanto melhor for a forma como descrevemos esse momento, ou a reflexão, ou mesmo a dor, melhor chegaremos a alguém que chegou perto, igual, ou parecido aquilo que sentimos; e descrever um sentimento em palavras, é um momento sublime se lhe soubermos dar o perfume e a cor com que se fazem poemas.

6 - Quais as suas referências literárias?

Diria que são muitas, construíram a minha estrutura mental, fazem parte de mim, tanto me situo na antiguidade clássica com os grandes mestres filósofos, como com os grandes mestres da escrita de língua portuguesa e internacional. Se disser aqui um nome ficarão tantos por dizer que não direi nenhum porque tudo tem um tempo e neste momento será tão importante para mim um escritor contemporâneo como um outro que deixou em mim o seu registo.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Primeiro saber onde queremos chegar e como iremos chegar. Todos sabemos que obras literárias têm um publico muito restrito e exigente. O envolvimento de processos fáceis e a promoção de encontros em pontos específicos em formatos descontraídos com liberdade de criação individual sem que o processo fique demasiado formal e “chato”. Utilizar as novas tecnologias de comunicação na divulgação e acompanhar os objectivos que definimos.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Neste momento estou a tentar perceber qual o meu espaço, e se o que escrevo tem algum valor acrescido para os outros, dado que para mim é puro prazer. A minha preocupação é não cair na tentação de que tenho que escrever todos os dias, despejar palavras, publicar só para preencher um egozinho que temos disfarçado; não isso não quero. Quero escrever sentimentos fortes, sentidos, depois veremos o que fazer.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Ainda estou a dar os primeiros passos; não sei muito bem porque o faço, mas gosto desta partilha, sinto que faço parte de algo colectivo, e como eu por essência não gosto muito de caminhar sozinho, vejo aqui alguma solidariedade e talvez algum apoio, por outro lado estes trabalhos preenchem um pouco o tal egozinho escondido…

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Gostava que me perguntassem se acho que alguém ficou esclarecido com as minhas respostas. Eu responderia, que nem eu fiquei…

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