Agradecemos à autora ANA CAVA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Qual a sua percepção para essa
pandemia mundial?
Dá a sensação de um estado de
choque coletivo porque chega de uma forma grave, sem muitos conhecimentos de
medicação, vacina e paralisa o mundo. E ao mesmo tempo uma vontade imensa de negar
o desconforto mostrando 100% de positividade 24 horas, sendo que como diz Frejat,
compositor brasileiro, "rir é bom, mas rir de tudo é desespero".
2 - Enquanto autora, esse momento
afetou o seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou
mais inspirada?
Sinceramente não afetou.
Além de escrever gosto muito de
fotografar e já vinha de um momento onde fotografava tudo da janela. As fotos
antigas das redes sociais podem comprovar.
E escrever é muito prazeroso para
mim, só ajuda a me inspirar mais.
3 - Quando isso passar, qual a
lição que ficou?
Espero que muitas. A que eu
gostaria que viesse com força para ficar é que o respeito, a solidariedade, o
cuidado consigo e com o próximo não passem. Já que o que mais se diz é que tudo
passa... Que o amor não passe...
4 - Os movimentos de integração da
mulher influenciam no seu cotidiano?
Todos os movimentos que nos fazem
refletir, crescer como ser humano acaba influenciando de uma forma ou de outra
toda uma sociedade.
5 - Como você faz para divulgar os
seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?
Os retornos sempre foram positivos,
porque minhas ações não têm sido muitas em termos de divulgação.
6 - Quais os pontos positivos e
negativos do universo da escrita para a mulher?
Maria Firmina dos Reis foi a
primeira romancista do Brasil negra a publicar sua obra ainda no século XIX se
não me engano. Olha a força da escrita no universo dessa mulher. Me pergunto o
que ela responderia de negativo, porque se ela sofreu algum preconceito vejo um
lado tão maior...
7 - O que pretende alcançar
enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.
Pretendo ser lida, bem acolhida,
bem vinda enquanto autora. Projeto a curto prazo é aprender de vez a viver o famoso
"um dia de cada vez". E a longo prazo é publicar um livro solo que
alcance o primeiro lugar entre os mais vendidos. (risos)
8 - Quais os temas que gostaria que
fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?
Escritoras em tempos de Pandemia
acho que seria um bom tema ou
Escritoras Pós Pandemia.
9 - Sugira uma autora e um livro
que lhe inspira ou influencia na escrita.
Sinceramente, gosto de muitas
autoras, mas acho que não a ponto de sofrer
influência.
10 - Qual a pergunta que gostaria
que lhe fizessem? E como responderia?
Como será a Ana Cava pós pandemia?
R: A mesma que descobriu aos quinze
anos que uma pessoa que você ama muito, pode ir embora para sempre, como meu
pai foi quando morreu. E que isso dói. Não passa, mas se ajeita dentro do
peito. Mesmo que exista vida após a morte, aquela vida, aquela corpo é finito.
Ou seja, vou continuar valorizando esse viver de hoje. Muito cedo aprendi que
perder alguém não significa "que todo mundo vai morrer um dia e daí?",
mas que todas as vidas são importantes em qualquer circunstância.
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