INTERREGNO
Um dia...
Voltarei a vestir uma
saia vermelha.
Correrei
descalça, entre a erva tenra.
Chapinharei rodopiante
na ondulação da lagoa,
sob um céu azul jamais
visto.
Afagarei enternecida,
as pétalas dos malmequeres e papoulas.
Sentada sob a copa das
árvores,
verei, comovida...
Uma borboleta colorida,
pousar na minha blusa branca.
Um dia...
Quero voltar a dormir,
tendo o braço por travesseiro,
naquele outeiro,
secreto.
Tapada por nuvens
alvas, que fazem desenhos no céu
Enquanto os passarinhos
me embalam e a consciência abandona.
Quero deixar a
esperança fluir...
E voltar a usufruir a
vida!
Desde o segundo,
em que o mundo,
paralisou.
Maria de Fátima Soares
Maria de Fátima Soares
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Agradeço a publicação do meu poema. Cumprimentos a todos e protejam-se. Que daqui a uns tempos possamos fazer novamente a Festa da Poesia.
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