sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

HOJE VISITEI UMA CASA LILÁS (excerto XVIII) - MARIA MAGUEIJO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Adorava aquelas suas netas que tinham tantas parecenças com a sua querida Francisca e com as filhas. A mãe de Maria já tinha alguns sintomas da doença da Mãe e, apesar de viver com eles, vivia num mundo só seu, com momentos bem divertidos em que se lembrava de tudo e outros na apatia e apenas olhava o jardim, as maravilhas da natureza, Passeava por perto e voltava de novo para casa. Por vezes consciente de onde vivia e de quem eram todos, outras caída no mutismo de quem prefere não dizer coisas dispares. Mas é muito meiga a sua querida Caetana, cujo nome invulgar (ordens de sua sogra), provém do latim e significa “Mãe me quer”. Olhou a filha e pensou que lhe assentava bem. Todos gostavam dela e era recíproco.
A Mãe de Isabella falecera cedo. Assim como Francisca, perdera a batalha num dia em que o sol abriu um raio por entre a chuva que caía forte. Foi para lhe levar a sua querida Margarida! A sua flor tão bela, tão cheia de alegria. Cantava com os pássaros no jardim, encantava a todos pelo seu saber, pelos cabelos dourados como o trigo. Sempre fora um enorme pilar para toda a família e queria mudar o mundo com as suas ideias romanescas de que só o bem existe. Isabella e Maria têm muito de Margarida. Ambas sábias e sonhadoras.
Enquanto o avô estava envolvido com os seus pensamentos, serviram o que faltava do jantar e as primas, claro, sempre na tagarelice. Acabaram o jantar e faltava o café de Camila.

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