Agradecemos à autora C. GONÇALVES a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 – Como você vê o papel da mulher na literatura atual?
A mulher vai
começando a ter um papel preponderante na literatura atual, mesmo que ainda
tenha de fazer um caminho maior e mais difícil, para chegar aos mesmos
resultados. Seria fundamental, por uma questão de equilíbrio e justiça, a
mulher conseguir obter as mesmas oportunidades de ver o seu trabalho divulgado
e reconhecido e principalmente, que o mesmo seja considerado com a mesma seriedade.
2 – Em que medida o universo feminino influencia na hora de escrever?
Em tudo o
que escrevo, o universo feminino está fortemente presente, não só pelas
características da minha escrita mas sobretudo, pelas experiências que tento
trazer para as minhas histórias.
3 – Em que corrente literária acha que a sua escrita se enquadra?
A minha
escrita anda muito em volta da prosa, algumas vezes poesia; outras, sai
livremente sem qualquer estilo ou corrente literária…
4 - Que importância dá aos movimentos de integração da mulher?
Será sempre
importante a integração de todos os pensamentos e tipos de escrita, seja
através da integração da mulher no mundo literário, como em outro qualquer
círculo. Se os movimentos de integração da mulher permitirem uma maior e melhor
visibilidade das mesmas, então, serão da máxima importância.
5 – O que acredita ser essencial para divulgar a literatura?
Creio que a
divulgação será o meio mais natural e profícuo de dar a conhecer, a uma
sociedade que cada vez lê menos, o que de novo vai surgindo. Sem divulgação, é
fácil o autor nunca sair da gaveta ou de um círculo muito restrito que o
conhece.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?
Os pontos
negativos prendem-se essencialmente com a dificuldade em tirar o manuscrito da
gaveta, transformá-lo num livro e fazê-lo chegar às mãos dos leitores.
Os pontos
positivos são sem dúvida, o próprio prazer em escrever, o colocar em palavras as
emoções e os sentimentos. É transbordar no papel aquilo que nos vai dentro da
alma.
7 – O que pretende alcançar enquanto autora?
O meu maior
desejo, enquanto autora, é fazer chegar as minhas palavras, as minhas
histórias, a um maior número possível de pessoas. É continuar a construir as
minhas personagens, as minhas realidades. É simplesmente continuar a escrever,
sempre.
8 – Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.
A curto
prazo, gostaria de ver o meu segundo romance publicado. A longo prazo, gostaria
de ver os meus livros nas livrarias, dando a possibilidade aos leitores de
escolherem se querem ou não ler as minhas histórias.
9 - Sugira uma autora e um livro (contemporâneos).
Isabel
Allende – Para lá do Inverno
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Quais as razões
que a levaram a escrever? Porque não sei viver sem a minha escrita…
Sobre a autora:
C. Gonçalves é o
pseudónimo desta contadora de histórias, apaixonada pela
vida, pelos
sonhos, pelas emoções e pelo amor.
Nascida em 1972
no Barreiro, onde vive desde sempre.
Integra o corpo
não-docente do Instituto Superior Técnico, desde 1991.
Licenciada em
Estudos Europeus, Minor em Arte, Literatura e Cultura, em
2013.
Os livros e a música
sempre ocuparam um lugar de destaque na sua vida,
ambos associados
à expressão dos sentimentos e das emoções, como um
bem essencial à
sua vida e dos quais não se consegue separar.
Partilha desde
2015 na sua página de Facebook, as frases soltas e os
pensamentos que
guardou para si ao longo do tempo.
Tem três contos
publicados; O café da minha vida (2016) O tempo, faz de
nós o que quer
(2017), Nunca será tarde (2018) através da iniciativa Um
livro num dia,
da Chiado Editora.
Publicou o livro
Para além do Impossível (2017, Chiado Editora).
Participou na
Antologia Toca a escrever, com o poema, Poeta na alma,
escritor no
coração, (2018, In-Finita).
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