Agradecemos à autora CRISTINA MOITA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Escrever é
uma necessidade ou um passatempo?
Um misto das
duas, embora sinta na escrita mais uma necessidade, as ideias surgem
espontâneas, há que as deixar sair! Não temos que ficar com tudo só para nós, a
escrita é um meio de comunicação por isso é para ser usada como tal.
2 - Em que
género literário se sente mais confortável?
Na poesia, sem
dúvida! Acho que é mais ou menos como na culinária, posso gostar de fazer
cozinhados, mas se gosto muito mais de fazer bolos é por lá que me perco.
3 - O que
escreve é inspiração ou trabalho?
Inspiração! O
meu trabalho é muito mais com números, tento não cometer erros com as letras,
mas não faço disso uma preocupação doentia ou maníaca, deixo para quem trabalha
com elas.
4 - O que pretende
transmitir com a sua escrita?
A criatividade
dos meus pensamentos, se conseguir acrescentar alguma coisa às pessoas com ela
fico contente.
5 - Qual o seu
público alvo?
Adultos e
crianças. Gosto mais de partilhar os meus escritos com gente, humilde, culta ou
inculta, não gosto de elites!
6 - Em que
corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?
Nunca gostei de correntes, mas elas têm que existir em algumas coisas, por isso leiam a minha poesia e aprisionem-na por onde quiserem.
7 - Quais as
suas referências literárias?
As minhas
primeiras referências na poesia chegaram-me pelo fado nos lábios da minha mãe,
fui-me apaixonando pelas letras que ela me cantarolava, cantadas na altura pela
Amália e outros grandes fadistas, com letras de grandes escritores. Tenho
várias referências na poesia, não posso falar só de uma, estaria a mentir com
tantos poetas e escritores bons e conceituados de que gosto como o Alberto
(risos), António Aleixo, Mário Sá Carneiro, Albert Einstein, Florbela Espanca,
Fernando Pessoa, Carlos Drummond, Paulo Leminski, Simone Weil, Antoine de
Saint-Exupéry, Vinícius, Camões, Bocage, Confúcio, o Toy (da ilha do amor) e
tantos outros. Quando comecei a escrever em alguns sites de poesia assim como o
Luso Poemas, fui aos poucos descobrindo a existência de muitos outros bons
poetas que desconhecia, que também me impulsionaram e me incentivaram e
incentivam a ler mais e a escrever até hoje.
8 - O que
costuma fazer para divulgar o que escreve?
Quando tenho
tempo partilho algumas coisas nos meus sites. Tenho a sorte de ter encontrado
pessoas no meu caminho, muito importantes para mim, que me têm dado incentivo e
ajudado a divulgar e a editar.
9 - O que
ambiciona alcançar no universo da escrita?
Quando
partilhada que o outro goste e que se sinta bem acompanhado com o que lê. A
escrita só por si é um ato mais solitário de comunicação, deixa de ser tão
solitária quando compartilhada. Por isso quando a partilho em livros ou em
sites pretendo chegar a toda a gente, gosto de me sentir acompanhada por
opiniões que me façam evoluir , e ao outro, quer na escrita, quer como ser
humano. Crescimento.
10 - Que
pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?
Gostava de viver
num mundo mais justo? R: Sim. Detesto injustiças!
Parabéns pelo novo livro e pela entrevista fantástica. Um beijinho
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