O
1º MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL será realizado na Universidade Nova de
Lisboa e no Palácio Baldaya, entre os dias 7 e 10 de março, organizado por Beth
Olegário, Naomi Alfieri e Adriana Mayrinck.
O
encontro tem como principal objetivo a promoção e integração entre escritoras,
pesquisadoras, jornalistas, editoras, livreiras, tradutoras, produtoras,
compositoras, designers, historiadoras e outras profissionais, propondo a
discussão de questões da mulher nas áreas da literatura, arte e cultura.
Com a participação de escritoras portuguesas como Maria Teresa Horta, Lídia Jorge, Maria João Cantinho, a angolana Ana Paula Tavares, o encontro conta também com a presença de autoras brasileiras que moram no Brasil, Alemanha, Suíça e Bruxelas.
Com a participação de escritoras portuguesas como Maria Teresa Horta, Lídia Jorge, Maria João Cantinho, a angolana Ana Paula Tavares, o encontro conta também com a presença de autoras brasileiras que moram no Brasil, Alemanha, Suíça e Bruxelas.
Para encerrar o encontro, será lançada as antologias Mulherio das Letras Portugal, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher com mais de 120 autoras brasileiras e portuguesas, entre Poesia, Prosa e Conto, coordenada e produzida pela In-Finita.
Além
das mesas de discussão e palestras, haverá espaços para divulgação de música e
livros. Entidades em apoio a mulher imigrante, afro - descendentes, mulheres
ciganas e mulheres com cancro, participam também do evento.
O
Mulherio das Letras, criado em 2017, é um coletivo feminista literário,
idealizado pela escritora Maria Valéria Rezende, diretamente interessado na
expressão pela palavra escrita e oral, com adesão de mais de seis mil mulheres
brasileiras residentes no Brasil e no exterior.
Adriana
Mayrinck (In-Finita), após a participação de 42 autoras do Mulherio das Letras
Brasil e Europa na II antologia do projeto Conexões Atlânticas Brasil/Portugal,
lançado em Lisboa, no Palácio Baldaya em março de 2018 e em várias cidades
brasileiras, criou o grupo Mulherio das Letras Portugal, vinculado ao movimento
Mulherio das Letras no Brasil com a intenção de promover, divulgar e criar
oportunidades de encontros sejam eles, tertúlias, saraus, oficinas, feiras,
workshops, festivais, clube do livro/ circulo de leitura, antologias, etc, em
ações colaborativas para dinamizar e fortalecer o encontro entre autoras do
Brasil e de Portugal e dos países lusófonos.
1.º Mulherio
das Letras – Portugal
INSCRIÇÃO
e INFORMAÇÕES:
Coordenadora
Geral: Beth Olegário
Comissão
organizadora: Beth Olegário e Naomi Alfieri
Organizadora:
Adriana Mayrinck (In-Finita)
Apoios:
- Associação
dos Escritores Portugueses
- In-Finita
- MBOOKS
Organização:
- CHAM / FCSH/NOVA | UAC
-
PALÁCIO BALDAYA|IN-FINITA
I
Mulherio das Letras — Portugal
Programação
Dia
07 de Março de 2019
NOVA
FCSH — Edifício ID, Salas Multiusos 2 e 3
9h00
- Pássaro Palavra: Pocket show com a cantora, portuguesa, Susana Travassos.
• Susana
Travassos,nascida em Faro, Portugal, e aos 18 anos, muda-se para Lisboa, onde
inicia os seus estudos em psicologia e segue seus estudos de música, teatro e
dança. A carreira como cantora vai ganhando mais expressão e impõe-se quando,
em 2008, lança o seu primeiro CD solo, “Oi Elis”, em homenagem a uma das
maiores cantoras brasileiras, Elis Regina. Participou do projecto Sotaques
Paulistas e apresentou no Sesc Pompeia ao lado de Zeca Baleiro, Fortuna e a
banda Karnak. Ao longo de 7 anos, Susana Travassos estabelece-se no mercado
brasileiro e apresentou-se nos mais prestigiados projetos e salas de
espetáculos e em cartaz, ao lado de artistas como Milton Nascimento, Renato
Braz, Carminho, António Zambujo, Maria João e Mário Laginha. Em 2013 lança o
segundo disco “Tejo-Tietê”, alvo de excelentes críticas por parte da imprensa,
em parceria com o compositor e guitarrista Chico Saraiva e produzido por um dos
maiores guitarristas do Brasil, Paulo Bellinati. Entre gravações e concertos,
Susana canta ao lado de músicos como Chico César, Zeca Baleiro, Toninho Horta,
Chico Pinheiro, Renato Braz, Ná Ozzeti, Gabriel Grossi, Chico Saraiva,
Alexandro Gismonti e Jean Charnaux.
9h30
– 10h00 - Coffee Break (oferecido pela Associação Portuguesa de Escritores)
10h00
às 12h00 - Mesa de Abertura: A Mulher e a Palavra.
• Ana
Margarida de Carvalho, jornalista e escritora. Licenciada em Direito pela
Faculdade de Direito de Lisboa, o seu primeiro romance Que Importa a Fúria do
Mar valeu-lhe o prémio APE 2013. O mesmo livro foi finalista nos mais
prestigiados prémios relativos à data de edição. Tem reportagens, contos e
poemas espalhados por várias publicações e coletâneas e um livro infantil
chamado A Arca do É, com o ilustrador Sérgio Marques. Não se Pode Morar nos
Olhos de um Gato é o seu segundo romance, foi considerado livro do ano 2017,
nomeado pela SPA, e vencedor do Prémio Manuel Boaventura.
• Isabel
do Carmo é médica e activista política portuguesa. Foi dirigente da Ordem
dos Médicos 1972. Licenciou-se, doutorou-se e agregou-se em Medicina, pela
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Coordenou o Estudo de
Prevalência da Anorexia Nervosa nos Distritos de Lisboa e Setúbal. Foi
fundadora da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia[4] e da Sociedade
Portuguesa de Diabetologia e fundadora da Sociedade Portuguesa para o Estudo da
Obesidade. Iniciou a sua carreira como médica assistente do Hospital de Santa
Maria, sendo hoje Professora Associada com Agregação da Universidade de Lisboa.
Exerceu funções de investigadora na Universidade de Lisboa e na Fundação para a
Ciência e Tecnologia FCT. Foi militante do PCP durante a sua juventude e
anteriormente ao 25 de Abril de 1974. Fundou e dirigiu o Partido Revolucionário
do Proletariado e as Brigadas Revolucionárias(PRP-BR), dirigiu o jornal
Revolução : porta-voz do Partido Revolucionário do Proletariado - Brigadas
Revolucionárias e foi uma das figuras mais destacadas do Processo
Revolucionário em Curso (PREC). Foi detida e presa diversas vezes pela PIDE/DGS
e em 1978 por alegado envolvimento em diversos crimes incluindo assaltos a
dependências bancárias. Esteve presa durante um período de cerca de quatro anos
sendo posteriormente absolvida. Negou sempre a participação em ataques
bombistas durante o PREC.
• Lídia
Jorge, romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os
anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta
Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e
publica regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é
uma preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia
da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodígios
(1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva,
retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento
Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação
entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma
sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e
Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.
• Maria
Teresa Horta, escritora e jornalista nascida em Lisboa em 1937. Frequentou
a Faculdade de Letras da capital, tendo pertencido ao grupo de Poesia 61 e
colaborado em diversos jornais e revistas. Foi dirigente do ABC CineClube e
militante ativa nos movimentos de emancipação feminina. Estreou-se com o livro
de poesia Espelho Inicial (1960). Dedicou-se igualmente à ficção, tendo
publicado, entre outros títulos, Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970). Em 1972
foi uma das autoras das polémicas Novas Cartas Portuguesas (com Maria Velho da
Costa e Maria Isabel Barreno), obra que suscitou um processo judicial pela sua
natureza transgressora em relação à tradição patriarcal dominante.
Almoço
livre
14h00:
Show com Maria Anadon São quase 20 anos de carreira.
• Maria
Anadon possui quatro álbuns de jazz. Actuado um pouco por todo o mundo, já
cantou nos Estados Unidos, Japão, Irlanda, Itália, Angola e Índia e
naturalmente nas principais salas e festivais portugueses. .Desde a sua
fundação em 2009, o projecto Vozes3, juntamente com Maria João e Maria Viana.
Gravou o seu primeiro CD em 1955, “Why Jazz?”, acompanhada pelo quarteto
feminino norte-americano Unpredictable Nature. Em 1998, grava “Cem anos”, que
se baseia na recriação de temas que serviram de banda sonora ao Cinema
Português. Em 2006, Maria Anadon edita, pela norte-americana Arbors Records, o
seu terceiro álbum a solo, “ A Jazz Way|, acompanhada pelas norte-americanas
Five Play. Atualmente, além da sua carreira solo, tem actuado ao vivo
apresentando o seu projeto “Recantos da Alma”, baseado em aproximações jazzísticas
a canções de autores de expressão portuguesa.
14h30
-16h00: Segunda mesa: A Mulher e a Imprensa
• Sandra
Monteiro (Diretcora do Le Monde Diplomatique .Ed. Portuguesa) - "A
imprensa ainda tem género? Para uma crítica feminista da imprensa"? Directora
da edição portuguesa da publicação Le Monde Diplomatique desde 2005, além de
jornalista é também licenciada em História pela Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde concluiu também dois anos da parte
curricular do mestrado em História Medieval.
• Socorro
Pacífico Barbosa (UFPB/CNPq) - O papel da imprensa na sociedade patriarcal
brasileira: a mulher nos séculos XIX e XXI. Possui graduação e mestrado em
Letras pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Literatura
Brasileira pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Titular da Universidade
Federal da Paraíba, bolsista de produtividade e pesquisa do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Tem experiência na área de Letras,
com ênfase em História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes
temas: história cultural luso-brasileira dos séculos XVIII e XIX; jornais e
periódicos luso-brasileiros do séculos XVIII e XIX e história da leitura.
Também se interessa e atual nas áreas da literatura infanto-juvenil, do ensino
da literatura e da psicanálise.
• Elizabeth
Olegário Bezerra da Silva (CHAM / NOVA FCSH-UAc) - As Mulheres nos
Suplementos Portugueses na Década de 1950. Licenciada em Letras Português e
Literaturas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).Mestra em
Comunicação e Culturas Mediáticaspela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e
doutoranda em Estudos Portugueses: Área de Especialidade: História do Livro e
Crítica Textual -Universidade Nova de Lisboa (UNL).Integra o Grupo de
Investigação: Leitura e formas de escrita vinculado ao Centro de Humanidades
(CHAM -UNL). atuando principalmente nos seguintes temas: história cultural
luso-brasileira dos séculos XX; Suplementos literários luso-brasileiros.
• Fátima
Ribeiro de Medeiros (IELT, FCSH, NOVA) – “Ana de Castro Osório, Editora”
docente e investigadora literária. Tem realizado atividades de investigação
maioritariamente em literatura portuguesa dos séculos XX e XXI e sobre o
feminismo do início do século XX, nomeadamente sobre a obra e ação de Ana de
Castro Osório. Entre os diversos textos de que é autora contam-se: Do Fruto à
Raiz, livro onde analisa a produção infantil de raiz tradicional de Ana de
Castro Osório (2003); “Livrarias e património”, artigo da revista Cultura,
Revista de História e Teoria das Ideias (Vol. 32/2013, II Série), editada pelo
Centro de História da Cultura, da Universidade Nova de Lisboa; “Sidónio
Muralha, andarilho de sonhos e de esperança entre duas pátrias”, na revista
Livro, Revista do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (n.º 4, novembro,
2014), editada pela Universidade de São Paulo, Brasil; “Caminhos da Ilustração
Portuguesa do Livro para Crianças e Jovens”, na revista Românica – Paratexto,
nº.18, 2009, do Departamento de Românicas da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa; “Ana de Castro Osório, uma mulher de causas e
convicções”, integrando o volume de atas do colóquio Estudos Locais do Distrito
de Setúbal, 2011, editado pelo Instituto Politécnico de Setúbal.
16h00–
16h30: Coffee Break
• Maria
Schtine Viana (UNL) - A potência do feminino na obra Corpo de Baile, de
João Guimarães Rosa, é brasileira e atualmente vive em Lisboa. Bacharel em
Letras (Português-Francês) pela FFLCH-USP e Mestre em Culturas e Identidades
Brasileiras pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo
(IEB-USP), atualmente é doutoranda no Departamento de Estudos Portugueses da
FCSH da Universidade Nova de Lisboa, onde desenvolve investigação sobre a obra
de João Guimarães Rosa. Trabalhou durante duas décadas como editora de obras
literárias e didáticas nas editoras Scipione, Saraiva, FTD e DCL, em São Paulo.
É autora dos livros Silêncios no escuro, História e Geografia do Nordeste, Um
estudo sobre as obras clássicas de viagens e aventuras, Um estudo sobre a
fábula e os contos de fadas, Asa da palavra: Literatura oral em verso e prosa,
entre outros. Assina a organização e tradução da obra Contos de Guy de
Maupassant e organizou as antologias A poesia do nome, Histórias de bichos e Histórias
de imigrantes. Algumas de suas obras foram aprovadas em programas de educação e
cultura do governo brasileiro, como PNBE (Programa Nacional Biblioteca na
Escola) e PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). As suas publicações em
livros e revistas na área dos Estudos Brasileiros incluem ensaios sobre Aluísio
Azevedo, Machado de Assis, Guimarães Rosa, entre outros.
• Susana
Vieira (UNL/IELT) - Penélope urdia, Maria Velho da Costa desfazia — Quando
a malha do texto cai. Doutoranda em Estudos de Literatura (Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e investigadora
integrada do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa), trabalhando atualmente num projeto de
edição crítica de escritores portugueses e brasileiros (1871-1931), com Vania
Chaves. No âmbito do seu interesse investigativo (Estudos Literários), tem
artigos e capítulos de livros publicados. Fora da “academia” dedica-se
profissionalmente à edição, sendo revisora literária em várias Casas
Editoriais, e ao projeto “Gerador”, colaborando na promoção do atual panorama
artístico, nomeadamente nas áreas do teatro, das artes plásticas, do cinema, da
música, da dança, da literatura, das formas híbridas de arte.
• Joana
Tomé (Belas-Artes ULisboa- CIEBA)- Percursos do Feminino pela História da
Arte. Investigadora, ensaísta e ilustradora. É licenciada em Escultura pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2007-2010). Mestre em
Ciências da Arte e do Património, no domínio científico de Teoria da Arte, pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2010– 2012) e Doutora em
Belas Artes, vertente Ciências da Arte, pela Faculdade de Belas- Artes da
Universidade de Lisboa.
Exposição:
“Umas pelas outras” - (João Luís Lisboa e Elizabeth Olegário)
Dia
08 de Março de 2019NOVA FCSH — Edifício ID, Salas Multiusos 2 e 3
9h00:
Show de abertura - Camila Masiso
• Camila
Masiso é uma intérprete potiguar da música popular brasileira. Antes de
iniciar sua carreira solo seguindo o referido gênero musical, Camila integrou
formações de bandas de pop rock da capital norte-riograndense como Base Livre,
Lado B e Tricor. Nesta última houve Uma proposta de realização de um projeto
experimental de música brasileira, o qual foi responsável por unir a cantora ao
estilo popular nacional em suas apresentações. “Eu me encontrei como cantora
nesse estilo, através de uma nova linguagem. Ele pede outra postura, uma nova
colocação no palco” disse, lembrando que o público também parece preferir a
novidade, quando vai ao seu encontro comentar a mudança, dada também pela
influencia de artistas que Camila costuma ouvir. Gal Costa, Maria Betânia,
Caetano Veloso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Paulinho da Viola são seus
preferidos e é pensando neles que Camila faz seus estudos, se colocando a boa
música como um “desafio constante”. Atualmente, Camila Masiso possui um álbum
de estúdio chamado "Boas Novas", com nove canções inéditas contando
com a participação de músicos regionais como Diogo Guanabara, Henrique Pachêco
e Rogério Pitomba, entre músicas já na boca do público como "O Amor",
"Boas Novas" e "Fera Nova". Em 2011 com o apoio do projeto
Parcerias Sinfônicas do SESC RN também foi possível o lançamento de um DVD de
um show-concerto intitulado "Camila Masiso & Orquestra Sinfônica da
UFRN, com participação especial de Diogo Guanabara" realizado no Teatro
Riachuelo, em Natal/RN.
10h00
-12h00: Mesa 1: Mulher é África
• Noemi
Alfieri é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Espanhol e
Português) pela Universitá degli Studi di Torino, Itália, concluiu um mestrado
em Língua e Literaturas Modernas (Português) na mesma faculdade. É doutoranda
em Estudos Portugueses na FCSH-UNL e assistente de investigação no CHAM, no
grupo Leitura e Formas de Escrita. Conduz a sua investigação sobre o tema
"(Re)Construir a identidade através do conflito: uma abordagem às
Literaturas Africanas em Língua Portuguesa (1961-74)", financiada pela
FCT. Os seus principais interesses de investigação estão relacionados com a
mentalidade censurante em vigor nos anos da Guerra Colonial/ Guerra de
Libertação, com os mecanismos de autocensura, a compreensão dos fenómenos de
elaboração identitária e com a sua manifestação na produção literária das
ex-colónias portuguesas em África.
• Yara
Monteiro nasceu em Angola, na província do Huambo em 1979. Tem as suas raízes
familiares no Planalto Central de Angola e no Norte de Portugal. Com dois anos
de idade, vem com a mãe e a família materna para Portugal e cresce na Margem
Sul. É na adolescência, que estimulada pela sua professora de Português, começa
ativamente a escrever. Possui uma licenciatura em Recursos Humanos e trabalhou
na área por quinze anos. Em 2015, enquanto vive no Brasil inicia a sua busca de
conexão interior e em 2016 embarca numa viagem xamânica na Amazónia que
transmuta a sua vida. Faz um auto-eject e abandona por completo o mundo
empresarial. É casada, vive no Alentejo, dedica-se à escrita e às artes
plásticas. Já viveu em Londres, Copenhaga, Rio de Janeiro e Atenas.
• Ana
Maria Martinho é professora na Universidade Nova de Lisboa - FCSH e
investigadora integrada e subdiretora do Centro de Investigação CHAM.
Coordenadora do Mestrado em Português como Língua Segunda e Estrangeira. Tem
Doutoramento e Agregação em Estudos Portugueses, Literaturas e Culturas em
Língua Portuguesa. As suas áreas de especialização e pesquisa incluem
Literatura Africana, Culturas dos Países de Língua Portuguesa, Português como
Língua não Materna. Docente ou conferencista convidada em instituições de
ensino superior, nomeadamente a Universidade da Califórnia, Berkeley;
Universidade Pedagógica, Maputo; City University of New York (CUNY) - The
Graduate Center; Universidade Agostinho Neto, Luanda; ISCEDs do Lubango e
Huambo; Universidade de Cabo Verde; Universidade Católica Portuguesa, Sorbonne
Nouvelle; Oxford University, entre outras. Publicou até hoje cerca de 70
títulos, entre obras individuais, coletivas, artigos científicos e de
divulgação geral e faz parte dos Comités editoriais de quatro revistas
académicas, uma nacional e três estrangeiras. Orienta teses de Mestrado e
Doutoramento e projetos de Pós-doutoramento em Portugal e no estrangeiro.
• Ana
Paula Tavares é autora angolana de renome internacional, nasceu na Huíla
em 1952. É professora universitária, historiadora e poetisa com vasta obra
publicada e com uma fortuna crítica assinalável. Inaugurou o seu trabalho
poético com a obra Ritos de Passagem (Luanda: UEA, 1985 [2ª ed. Lisboa:
Caminho, 2007]) e ao fazê-lo mudou para sempre a configuração do cânone
angolano. Publicou também O Lago da Lua (1999); Dizes-me Coisas Amargas como os
Frutos (2001 - Prémio Mário António de Poesia 2004, da Fundação Calouste Gulbenkian),
Ex-Votos (2003) e Manual para Amantes Desesperados (2006 - Prémio Nacional de
Cultura e Artes de Angola). Publicou ainda A Cabeça de Salomé (crónica, 2004) e
Os Olhos do Homem Que Chorava no Rio, em parceria com Manuel Jorge Marmelo
(prosa, 2005). Tem também publicados estudos sobre História de Angola e está
presente em diversas antologias em Portugal, Brasil, França, Alemanha, Espanha
e Suécia.
Almoço
livre
14h00
-15h00: Mesa 2 - “Ser mulher é ser, ou melhor, é devir minoria”
•
Associação Renovar Mouraria – Projecto WEMIN, Migrant Women Empowerment and
Integration
•
Associação de Afro-descendente. (Djass)
•
Associação para o desenvolvimento das Mulheres Ciganas (AMUCIP)
• Ines
Olundé artista multimídia e curadora, historiadora da arte, especializada
em Artes Publicas e Pintura Monumental, pela Academia Real de Ixelles, divide
seu tempo entre o Brasil e a Bélgica, onde chegou como um refugiada política,
foi perseguida pela ditadura para o Brasil, foi exilada no Chile (1973), presa
política na Argentina (1975-1976). Fundadora da Bienal de Artes Brasileiras de
Bruxelas, em 2007. Inez Oludé trabalha há mais de 30 anos na promoção da
cultura brasileira na Bélgica e adquiriu muita experiência de campo no contexto
de suas atuações como artista, escritora e as funções de embaixadora
Cultural.Com efeito, em 2004, recebeu o título de Embaixadora Voluntário pela
embaixada do Brasil. Ela tem feito muitos projetos em parceria com diversas
instituições internacionais como a UNESCO e atividades com a Secretaria da Cultura
de St. Gilles, a Casa do Brasil, situada na embaixada do Brasil, com o
Consulado Geral do Brasil, foi coordenadora cultural da Amece (Assembleia
Mundial dos representantes eleitos e os cidadãos para a água), no Parlamento
Europeu. Presidiu juris em vários museus da Europa, realizou murais em Bruxelas
e São Paulo, participou de edições de livros coletivos e de catálogos de museus
através do mundo, é Membro do CNAP-AIAP - UNESCO e dos grupos Fluxus e Youma
Internacional de Mail Art. Tem ao seu ativo, mais de 200 reportagens em
jornais, revistas, radio e televisões da Africa, Bélgica, e Brasil.
15h30
-16h00: Coffee Break
16h00
– 17h30: Mesa 3 - “(…) atravessando todo o século XX e invadindo o século
XXI. A mulher continua a inventar seu lugar
• Raquel
Serejo Martins nasceu em Trás-os-Montes em 1974. Licenciada em Economia,
com pósgraduações em Direito Penal Económico e em Direito Administrativo. Em
Vilarandelo aprendeu a andar de bicicleta e teve aulas de piano. Em Valpaços
começou a fumar. Em Coimbra aprendeu a nadar e trabalhou na RUC-Rádio
Universitária de Coimbra. Em Braga começou a praticar yôga e adotou 2 gatos. Em
Guimarães conheceu os companheiros maiores das suas viagens. Em Lisboa começou
com as aulas de sevilhanas e de italiano. Funcionária da Administração
Tributária e Aduaneira, atualmente a desempenhar funções na área criminal
fiscal. Colabora com o blog Clube de Leitores. Integra o Coletivo NAU. Tem em
papel: “A Solidão dos Inconstantes, romance (2009), Editorial Estampa”;
“Pretérito Perfeito, romance (2013), Editorial Estampa”; “Como se um Peixe um
Poema, conto, Revista Egoísta de Abril 2014”
• Julieta
Monginho nasceu em Lisboa, em 1958. É escritora, magistrada do Ministério
Público na jurisdição de família e crianças e formadora, colaborando com o
Centro de Estudos Judiciários. Em 1996 publicou o primeiro romance, Juízo
Perfeito. Seguiram-se A Paixão Segundo os Infiéis (1998), À Tua Espera (Prémio
Máxima de Literatura, 2000), Dicionário dos Livros Sensíveis (2000), Onde Está
J? (2002) e A Construção da Noite (2005). Em 2008, o seu livro A Terceira Mãe
foi galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLB.
• Adriana
Mayrinck nasceu em Recife, em 1970 e morou 38 anos no Rio de
Janeiro.
Autora, produtora cultural, assessora de imprensa e marketing e agente
literária
fundou
em 2008 a empresa In-Finita para divulgação da cultura lusófona. Em 2017,
mudou-se para Lisboa e a In-Finita segmentou suas atividades para a assessoria
literária (promoção de autores, livros e editoras) com várias ferramentas de
divulgação, inclusive antologias, que visa fomentar e divulgar autores nos dois
lados do atlântico, entre Brasil e Portugal, com uma missão: ser acessível e
com excelência na qualidade de produção dos autores. É representante da União
Brasileira de Escritores (UBE – Recife/PE) e do Elos Club (Teresópolis/RJ) em
Lisboa. Em 2018, assumiu a chancela do Mulherio das Letras Portugal. Tem dois
livros publicados.
• Isabel
Cristina Pires nasceu em 1953. É psiquiatra em Coimbra. Em 1987 escreveu
“Universal Limitada (prémio Caminho de Ficção Científica), seguido de “A Árvore
das Marionetes” (romance) e a “Casa em Espiral” (contos). Nos últimos anos
editou, na col. Caminho da Poesia, os seguintes títulos: A Roda do Olhar
(1993), À Porta de Nárnia (1995), Cobra de Papel (1997) e “Todas as Cores do
Azul (2001).
• Gilda
Oswaldo Cruz nasceu no Rio de Janeiro e iniciou seus estudos de piano aos
9 anos com Wilma Graça. Depois de estudar com Liddy Chafarelli Mignone,
licenciou-se pela Escola de Música da UFRJ na classe de Arnaldo Estrella. Aos
20 anos ingressou na Escola Superior de Música de Viena, Áustria, onde estudou
com Hans Graf e Bruno Seidhofer. Formou-se recebendo o título de virtuose. Sua
carreira de concertista se faz a partir da Catalunha, onde vive e trabalha. Tem
se apresentado com grande sucesso por diversas cidades da Europa e ministrado
cursos e master classes tanto na Europa como no Brasil (UNICAMP). Seja em duo
com o pianista Arpad Bodo ou em quarteto com o violoncelista Josep Bassal, o
percussionista Martin Hug e Arpad Bodo, Gilda Oswaldo Cruz vem divulgando com
afinco na Europa, a obra de compositores brasileiros em especial a de Cláudio
Santoro. Seu primeiro romance, “Na Sombra do Heroi”, foi publicado em 2010 e em
2017 publicou “Caso do Amendoim Rouba.
• Rita
Taborda Duarte nasceu em Lisboa, Portugal em 1973. Licenciou-se em Línguas
e Literaturas Modernas − Variante Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, onde concluiu também um mestrado em Teoria da
Literatura, com uma dissertação intitulada Crítica e Representação: Da Aporia
na Crítica de um Texto Poético. Foi assistente estagiária na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto e assistente convidada na Universidade da Beira
Interior. Actualmente é professora adjunta convidada na Escola Superior de
Comunicação Social. Fez crítica literária no suplemento literário do Jornal
Público e colabora regularmente com crítica de poesia e ensaio em diversas
publicações da especialidade (Relâmpago, Colóquio–Letras, etc.). É membro,
desde 2010, da Comissão de Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, publicando
com assiduidade no sítio online Rol de Livros da mesma instituição. Em 1998,
publicou o seu primeiro livro de poesia, Poética Breve, editado pela Black Sun
Editores, a que se seguiram Na Estranha Casa de um Outro: Esboço de uma
Biografia Poética (Asa, 2006), subsidiado pelo Ministério da Cultura, com uma
bolsa de criação literária e Dos Sentidos das Coisas (Editorial Caminho, 2007),
com co-autoria de André Barata. Está representada em diversas antologias
literárias. Vence, em 2003, o Prémio Branquinho da Fonseca[3], atribuído pela
Fundação Calouste Gulbenkian e pelo semanário Expresso, com o original A
Verdadeira História de Alice, obra destinada à infância, que, entrando em
diálogo com a Alice do outro lado do Espelho, de Lewis Carroll e o
Principezinho, de Saint Exupéry, se desenvolve em torno da perplexidade da
criança, face ao uso da língua. Desde essa data, tem publicado com regularidade
livros destinados a crianças e jovens, que se caracterizam pela ironia,
subversão da realidade e uma particular atenção aos jogos de linguagem.
16h30:
Encerramento na Esplanada NOVA FCSH
Feira
de Livros
•
Douda Correria
•
Cooperativa “Outro Modo”
•
Colibri
•
Falas Afrikanas
•
Revista Gerador
I
Mulherio das Letras de Portugal
Programação
09
de Março de 2019
14h30
– 15h30: “A arte e a palavra” – Aline Cântia.
• Aline
Cântia é narradora de histórias, pesquisadora da cultura oral, mestre em
Estudos Literários e doutoranda em Educação. Fundadora do Instituto Cultural
Abrapalavra, já se apresentou em diversas partes do
Brasil e do mundo. Chicó do Céu é músico, compositor, pesquisador do universo
da canção e da literatura. Também é fundador do Instituto Cultural Abrapalavra,
com quem já viajou o mundo e recebeu diversos prêmios na área cultural e da
educação.
15h30
– 16h30: “Ser
Mulher – Projecto Solidário” –
Lídia Moura com a participação dos autores convidados: José Proença de
Carvalho e Lilia Tavares.
• Lídia
Moura, artista plástica e coordenadora literária, nasceu em 1969 no Porto.
Iniciou o estudo no Artes no Liceu Carolina Michaelis. Como habilitação
académica e conclusão, tem o Curso Superior de Pintura da ESAP - Escola
Superior e Artística do Porto. E o Curso de Design Computorizada da Escola
Artística e profissional Árvore. Formação em atelier de Gravura e Litografia na
Cooperativa Árvore, sob tutela do Mestre Gravador e Artista Belga Dacos, Guy-
Henri Dacos - intercâmbio artístico com a Académie de Beaux-Arts de Liège.
Coordenadora
e responsável pelo “Ser Mulher” um projecto Voluntário e Solidário que
reúne obras de vários autores das diversas áreas de expressão artística -
literatura, teatro, artes plásticas e música, numa homenagem à MULHER, em
especial à mulher ONCOLÓGICA, apelando à PREVENÇÃO desta doença.
16h30
-17h00 - Coffee Break
17h00
– 18h00 “Brasil e Portugal na poesia contemporânea” - Maria João
Cantinho
• Maria
João Cantinho é poeta, crítica literária e ensaísta. É investigadora do
Centro de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e
colaboradora do Collège d'Études Juives da Universidade da Sorbonne. É
professora do Ensino Secundário e foi professora do IADE (Creative University
of Lisbon) entre 2011 e 2016. É colaboradora na Revista Colóquio-Letras,
colaborou com a Revista Relâmpago, Mea Libra, Golpe d'Asa, PensamentoDiverso,
Philosophica, Revista de História das Ideias (Universidade de Coimbra) e em
diversas revistas literárias e académicas e membro do Conselho Editorial do
Caderno do Grupo de Estudos Walter Benjamin GEWEBE. Desde 2011 que integra
Júris literários, nomeadamente dos Prémios de Poesia, de Ficção e de Ensaio do
Pen Clube Português, do Prémio Jacinto Prado Coelho da APCL, do Prémio
Biografia, da APE e do Grande Prémio da Narrativa da APE. Foi Júri, também do
Prémio Oceanos, em 2017. Além da colaboração em revistas internacionais de
literatura e de filosofia (Brasil, França, Itália, Espanha) coordenou
antologias de Poesia para revistas como Lichtungen (Áustria) e Blanco Móvil
(México). Foi directora da Revista Café com Letras e é actualmente editora da
Revista Caliban.
10
de Março de 2019
11h00
– 12h30: SARAU POÉTICO IN-FINITA com a apresentação de autoras
portuguesas e brasileiras e divulgação de seus livros.
14h30
– 15h30: As belezas e desafios de se musicar poemas com Isabella Bretz,
compositora e co-criadora do Sonora - Festival Internacional de
Compositoras e convidadas (com momento musical)
• Isabella
Bretz, Belo Horizonte/Sintra. Participou com dois poemas da antologia “Cem
poemas, cem mil sonhos”, em homenagem à maior manifestação popular contra a
ditadura militar no Brasil. Trabalha atualmente no seu primeiro livro,
direcionado a músicos. Já escreveu outras obras como roteiros de
curtas-metragens e letras de dezenas de músicas, das quais também é
compositora.
O Sonora -
FestivalInternacional de Compositoras é um festival que
surgiu no Brasil em 2016 a fim de dar visibilidade e legitimar a presença da
mulher compositora no cenário musical, estimulando o seu fortalecimento no
âmbito individual por meio da coletividade. O projeto surgiu da hashtag #mulherescriando,
que foi criada pela musicista Deh Mussulini para romper o imaginário de que
existem poucas compositoras, ou seja, mulheres que criam sua arte.Com grande
repercussão, algumas compositoras espalhadas pelo Brasil conversaram sobre a
ideia de fazer um festival, que hoje intitulamos Sonora: Amorina, Bia Nogueira,
Deh Mussulini e Flávia Ellen (Belo Horizonte), Ana Luisa Barral (Salvador),
LaBaq (São Paulo), Ilessi (Rio de Janeiro) e Isabella Bretz (BH, Lisboa e
Dublin). Essas foram as pessoas que pensaram sua forma e conceito.A partir daí,
outras mulheres foram entrando para a rede e agregando ideias e iniciativas. O
processo de gestão e produção do festival é todo executado por mulheres (cis e
transgênero), de forma colaborativa, a partir da construção de uma rede de
compositoras-produtoras. O Sonora é organizado através de um núcleo de
coordenação geral/mundial (Amorina, Deh Mussulini, Isabella Bretz e Joana
Knobbe) e um núcleo de produção local em cada cidade onde é realizado. Em
Lisboa, Portugal, o Sonora é coordenado pela compositora Isabella Bretz.
15h30
– 17h00: Lançamento da Antologia Comemorativa Dia Internacional da Mulher
- Mulherio
das Letras Portugal POESIA e PROSA E CONTOS, com a
participação de mais de 120 autoras brasileiras e portuguesas.
17:00
– 17:30: Coffee Break - Encerramento
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