sábado, 22 de setembro de 2018

DEZ PERGUNTAS A... GABRIELA RUIVO TRINDADE


Agradecemos à autora GABRIELA RUIVO TRINDADE a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Não sei definir-me em palavras, por mais estranho que isso possa parecer. Sempre tive dificuldade com as definições, isso já vem da escola. O que posso dizer é que não tenho uma identidade de pessoa e de autora separadas. Sou alguém que gosta de escrever e escreve. Só isso.

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

A palavra inspiração é curiosa. Ela também significa um dos momentos da respiração. Quando inspiramos, o ar entra-nos nos pulmões, levando o oxigénio às células. Esta parte da escola correu melhor. De certa forma, a inspiração é aquilo que a respiração do mundo nos oferece. A transpiração virá daquilo que oferecemos ao mundo através do nosso suor e trabalho. Por isso, as duas estão sempre presentes.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Não sei. Eu acho sempre que não tenho nada de novo para dizer ou acrescentar. Quando escrevo é para mim, em primeiro lugar; não quero transmitir nada. Se alguma coisa é transmitida, isso ocorre em sentido inverso: de fora para dentro. O mundo ao meu redor está constantemente a transmitir-me sinais, sensações, emoções, que depois se concretizam na escrita. E concretizam-se porque eu preciso digerir, elaborar, entender, dar sentido a essa mescla de sensações, e a forma que encontro para fazer isso é a escrita. Mas podia ser outra maneira qualquer.

4 - Por que escreve poesia?

Também não sei. Comecei a escrever muito nova, tanto poesia como prosa. É algo para o qual não tenho uma explicação.

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

Partilho aqui e ali. Tenho um blogue de opinião e divulgação literária. Mas a verdade é que não tenho muito tempo. Se perdermos muito tempo com isso não nos sobra para escrever.

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

As redes sociais são uma ferramenta de trabalho como outra qualquer. Eu divulgo o meu trabalho no FB e no blogue. Também promovo literatura infantil no FB, no Instagram e no Twitter, porque sou directora duma livraria online de livros infanto-juvenis escritos em Português, em Londres (www.miudabooks.co.uk), e acabo por perder mais tempo com isso do que com a promoção do meu próprio trabalho. Mas é uma coisa natural, porque é um projecto meu, e acaba por ter muito de mim também. Portanto as duas coisas complementam-se.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

Ter um bom editor e/ou um bom agente, que apostem na sua obra. Tenho uma grande admiração pelos autores que vão à luta sozinhos. É um mundo cão, este, e o esforço e a determinação são, sem dúvida, de congratular.

8 - O que ambiciona como autora?

Continuar a escrever e, se possível, a chegar aos leitores.

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

O e-book dá muito jeito quando já não se tem espaço nas estantes.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

“O que posso fazer para aliviar o teu fardo?” – ao que eu responderia – “Se me ajudares a carregar o meu e eu te ajudar a carregar o teu, ficaremos mais fortes e os fardos, mais leves.”

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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