Desta vez, antes de me meter
à estrada enviei um e-mail para o S. Pedro, avisando-o que ia de novo tentar
matar o desejo de molhar os pés no Rio Mira, e, ao mesmo tempo, solicitando
encarecidamente que não se esquecesse que em Portugal ainda é Verão. Não obtive
resposta. Enviei então, um SMS, nada, tentei o Messenger, o whatsapp, enfim,
utilizei tudo o que a tecnologia me permite e nada de resposta. Pensei, se
calhar é melhor voltar ao antigamente, então, escrevi uma carta, não resultou,
um telegrama e nada. Pensei, pensei, e depois de muito pensar, já quase com os
neurónios a fazerem faísca, cheguei à conclusão de que poderia meter-me a
caminho. Pois, quem cala consente e, se S. Pedro estava calado, sem me
responder, era porque acedia ao meu pedido e o Verão, que este ano anda
arredio, chegaria, nem que fosse só para mim.
Bem pensado, melhor feito, e
a distância encurtou-se no rodar do carro pelas estradas do nosso Alentejo.
Senti na pele o calor do Verão alentejano, que bom, desta vez fui ouvida, ou
lida não sei.
Como me enganei! Como diz o
velho ditado, foi sol de pouca dura e, em dez dias nas praias da nossa
maravilhosa Costa Vicentina, em nenhum deles houve Verão, talvez nuns três
deles, tenha havido uma Primavera fria.
Passeei, comi, bebi, numa
tentativa de me controlar e perdoar ao S. Pedro.
Foi muito bom, mas praia,
talvez para o ano, se o dito, não me voltar a trocar as voltas.
Dúvida – Será que lá em cima
há internet?
MARIA ANTONIETA OLIVEIRA
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