A insônia é extenuante,
como tudo que se vela ou espera. Agora 3:30 da madrugada. Um vento acordou um
pássaro. Fechei a cortina com medo dos olhos da noite e/ou dos vadios do mundo.
Há tantos.
Começou cair chuva, e
lindo é o ritmo com que ela chega: lentamente, tal qual passos do homem de bem,
muito amado. Está aumentando. O som remete a galopes ao longe, e imagino que
vem vindo cavalos. Meu pensamento voa sobre montes e chego na fazenda dos meus,
outrora lindos dias.
Sinto neblina e vejo em
pensamento tênue luz dos postes e recordo o olhar dos que amo e dormem um sono
de paz, porque almas leves. Pesado agora , apenas o som de turbinas, avião
quebrando a barreira do som na pista das nuvens, e os meus olhos pesam em mim.
Tal qual trem de pouso, irei me recolher para poder voar no sonhar com a
tecedura do tempo " primavera " que me trará, um mar de poesia e um
oceano de emoções e amigos, naquele Rio de Jobim. Parou de chover. Apaguei as luzes.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso