Aprendi com
facilidade a ler e a escrever. Muito raramente dava um erro, os meus ditados,
assim se chamava na altura, eram exemplares, sem erros nem rasuras. Nunca
apanhei uma reguada, fosse porque motivo fosse. E ao longo do meu percurso
escolar sempre assim foi.
O gosto pela
escrita começou quando deixou de ser uma obrigação escrever. Mas, até hoje
continuo com o mesmo esmero e rectidão (salvo uma ou outra distracção, em que
de imediato um amigo me alerta e corrijo).
Este preâmbulo
para dizer, que me dói o coração, ler o que muitos que se dizem
poetas/escritores, deixam nas páginas das redes sociais por onde vagueiam.
Erros de
palmatória, crassos. Frases sem sentido, porque a pontuação lhes tirou o
sentido. Acentuação trocada, em que os graves e os agudos se baralham. E o “h”,
ah o “h”, esse então, coitado é tão mal tratado, uma simples letra e que faz
confusão a tanta gente.
E ver tudo isto
editado?!
Agarrar num
livro, folheá-lo e ver que não houve qualquer revisão, dá vontade sei lá de
quê. Os erros são em catadupa e a pontuação, essa, nem se fala. Por exemplo: -
A Maria foi á janela? – exclamou o João – dois erros, na acentuação do à e,
afinal o João exclamou ou perguntou, é que ? e ! têm leituras diferentes.
Quando leio uma
frase e tenho que voltar atrás para a entender, algo está errado, ou é a
pontuação, ou a conjugação verbal, ou a acentuação, ou o género trocado, ou…,
ou…. e muitos outros ou.
Eu que até gosto
de português, fico triste, com tanta falta de saber português.
Mas isto sou eu,
que tenho a mania.
MARIA ANTONIETA OLIVEIRA
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