Estou
desconfiada que o S. Pedro está zangado comigo, sinceramente, não sei o motivo,
eu que até o deixei juntar o Inverno à Primavera, na espectativa de um verão
risonho.
Mas, o tramado,
tramou-me.
Adiei as férias,
semana após semana, na esperança de acertar em cheio, nuns dias de sol quente e
água límpida (sem ser caída do céu), para poder fazer o gosto ao dedo, melhor,
aos dedos, das mãos e dos pés, e dar os meus mergulhos, até ao pescoço, claro,
nas águas frias do rio Mira ou do Oceano Atlântico, na sua junção e nessa magia
que me envolve e alimenta o espírito, nas praias de Vila Nova de Milfontes.
Mas, o tramado,
tramou-me.
Nem sol, nem
calor. As manhãs começam com nevoeiro que se vai dissipando ao longo do dia, ou
não, depende, mas o sol continua escondido, envergonhado, sem um sorriso para
me animar a alma.
Sabem a melhor,
até já pensei fazer uma corrente, dessas que estão na moda, para que o S. Pedro
faça as pazes comigo, e quiçá com Portugal e os portugueses, para que possamos
dar ao povo e especialmente aos turistas, aquilo que procuram ao visitar-nos, o
calor humano e também o calor do sol no seu sorriso aberto. É bom visitar
Portugal, para além de não precisarem ter cursos linguísticos, pois quem os atende,
sabe falar a língua deles (os turistas), também não fazem dietas, antes pelo
contrário, comem do bom e do melhor, bebem ainda mais, pois a nossa gastronomia
e os nossos vinhos, são os melhores do mundo (e arredores), têm um atendimento cinco
estrelas (ou mais, depende se o céu estiver, ou não, nublado), por um povo
acolhedor, ainda têm um sol maravilhoso e gratuito, sem quaisquer impostos, nem
IVA nem nada, absolutamente gratuito.
Enfim!
Estou mesmo
triste, então não é que, o tramado, tramou-me!
MARIA ANTONIETA OLIVEIRA
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