Agradecemos ao autor VÍTOR COSTEIRA a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autor e
pessoa?
Penso
que o Autor e a pessoa, no meu caso, se confundem um pouco. Somos um só. Apenas
a roupagem se altera, pois a pessoa é mais do que o Autor, uma vez que se
entrega à Família, a Amigos, a funções, tarefas e a actividades diversas, para
além de se entregar ao próprio Autor. De qualquer das formas, o fio condutor
entre os dois está na forma como entende o mundo onde se insere. Sou um
observador e um captador de sensações. Tal como com a fotografia, eu retenho a
memória dos momentos dos outros e dos meus. Depois, passarei para uma escrita
feita de Poesia ou Prosa... ou não.
Sou defensor de tudo quanto possa unir as pessoas, acreditando que é a diversidade que embeleza a unidade! Somos parte de um todo perfeito, daí sermos não-perfeitos, pois somos apenas parte.
Sou defensor de tudo quanto possa unir as pessoas, acreditando que é a diversidade que embeleza a unidade! Somos parte de um todo perfeito, daí sermos não-perfeitos, pois somos apenas parte.
2 - O que o inspira?
O
Amor, a Amizade, a dor, a felicidade, os outros, os outros, os outros, sempre
aprendendo com os outros, permitem-me um vasto manancial de inspiração! Assim
como também a Natureza, pois ela é o suporte vital para toda esta compreensão
de um todo, que me leva a inspirar nela mesma e no meu papel tão reduzido, mas
tão importante!
3 - Existem tabus na sua escrita?
Porquê?
Não
chamaria “tabus”, mas não me vejo a escrever poesia sobre emoções, sentimentos
passionais e mesmo erotismo, como se estivesse escrevendo um manual de
instruções para reparar um electrodoméstico. Não sinto necessidade de descrever
um acto literalmente. Tabus? Não, não sinto que tenha.
4 - Que importância dá às
antologias e colectâneas?
Tal
como existem, na maior parte das que eu conheço, honestamente, não me atraem as
antologias e/ou colectâneas. Acredito que estes livros sejam importantes para
muitas pessoas, pela possibilidade de verem a sua escrita em papel que todos
possam ler de outra forma e pela circunstância de estarem lado a lado com
alguns poetas e poetisas de quem são admiradores. Em termos literários, para um
autor que escreva com objectivos mais vastos, creio que estas obras não dirão
muito, mas não deixarão de ser uma ferramenta de divulgação do que fazem
possibilitando sempre o encontro latente com outras mentes e outros estilos e
géneros literários. Acredito que, na maior parte dos casos, estas compilações
se abram apenas nas páginas dos que as adquiriram, por eles, pelos seus
familiares e pelos amigos. Há uma certa falta de cultura literária que grassa
pelo público em geral, mas também pelos próprios autores.
5 - Que impacto têm as redes
sociais no seu percurso?
No
meu caso, as redes sociais terão sempre que ser lembradas como o primeiro
veículo de divulgação do que eu escrevia. Sempre tive uma aversão às redes
sociais, mas acredito que tal acontecesse por deficiente informação da minha
parte. Eu iniciei o meu percurso nas redes sociais no Google+, como forma de
expor imagem digital, de que sou forte adepto e autor também, para além de um
outro passatempo, a fotografia. Mais tarde, comecei a ilustrar as imagens com
pequenas frases que ia escrevendo... era já o bichinho da escrita que me ia
desassossegando e convidando a mostrar o que eu já fazia há muitos anos, mas
que a ninguém mostrava. Entretanto, uma boa amiga desafiou-me a mudar de ares e
eu, finalmente, aceitei o desafio e passei a publicar no Facebook e ainda em
outras plataformas digitais. Tudo mudou! Fui bem recebido. Os meus poemas
passaram a ser lidos e ansiados por leitores que, alguns deles, me acompanham
desde o primeiro instante. Para terminar este ponto, devo acrescentar que aqui
cheguei apenas há cerca de dois anos sem nenhuma obra publicada. Neste momento,
são já três livros de poesia e... o futuro mais dirá!
6 - Quais os pontos positivos e
negativos do universo da escrita?
Não
consigo olhar para o universo da escrita e entendê-lo de forma diferente do universo
social em que circulamos como indivíduos reais. Quem escreve são pessoas reais,
são aqueles que encontraremos em espaços sociais e também em redes sociais.
Aquilo que de bom e de menos bom acontece, no dia-a-dia das pessoas, também
acontece no mundo da escrita. Somos todos nós, autores e leitores, quem teremos
que destrinçar o que queremos ou não queremos, optando por aquilo que entendermos
ser o melhor para nós e para a forma de entender os outros e o mundo em que
acreditamos!
7 - O que acredita ser essencial na
divulgação de um autor?
Em
primeiro lugar, entendo que o autor não deve desligar-se da sua própria
divulgação, da sua alavancagem! Diria mesmo que, ele, Autor, é a peça-chave
desse dar-se a conhecer aos potenciais leitores! Publicar algo, seja em que
editora for, e esperar que o céu mude de cor apenas para ele... resulta no
maior erro da sua “carreira” literária!
Depois, a própria editora não deve abster-se de apoiar a obra e o autor! Não estou a par do que pode ou não fazer-se, mas sei que uma obra que não se veja, de que não se fale, é obra morta e autor reduzido a cinzas! Resumindo, acredito que tudo resulte bem, se houver uma interacção saudável entre editora e Autor!
Depois, a própria editora não deve abster-se de apoiar a obra e o autor! Não estou a par do que pode ou não fazer-se, mas sei que uma obra que não se veja, de que não se fale, é obra morta e autor reduzido a cinzas! Resumindo, acredito que tudo resulte bem, se houver uma interacção saudável entre editora e Autor!
8 - Quais os projectos para o
futuro?
Como
ser humano, continuar o meu crescimento! Estudar, entender o que me cerca,
respeitar a Natureza e os outros parceiros de caminhada e tentar ser feliz, nos
momentos que assim o puder ser!
Como autor, ser o prolongamento da pessoa que cada vez mais quer ser melhor, crescer muito e chegar onde o meu sonho nem arrisca sonhar!
Iniciei a caminhada com a Poesia, mas os contos sempre aqui estiveram e ansiosos continuam espreitando!
Como autor, ser o prolongamento da pessoa que cada vez mais quer ser melhor, crescer muito e chegar onde o meu sonho nem arrisca sonhar!
Iniciei a caminhada com a Poesia, mas os contos sempre aqui estiveram e ansiosos continuam espreitando!
9 - Sugira um autor e um livro!
É
uma crueldade sugerir um autor apenas e um livro apenas! A literatura é uma
vastidão de obras e autores acima de acima! Sinto-me redutor e injusto, ao
mesmo tempo! Mas seria de todo fastidioso e impossível elaborar uma lista deles
que continuaria a ser redutora e injusta!
Assim, aqui vai! De idioma estrangeiro, Gabriel Garcia Marquez e o seu “Cem anos de solidão”. De idioma português, José Saramago e o “Memorial do Convento”.
Assim, aqui vai! De idioma estrangeiro, Gabriel Garcia Marquez e o seu “Cem anos de solidão”. De idioma português, José Saramago e o “Memorial do Convento”.
10 - Qual a pergunta que gostaria
que lhe fizessem? E como responderia?
Pergunta:
“O que o impulsiona a escrever?”
Resposta: Uma necessidade urgente em me ver do lado de fora de mim mesmo! Um saber entender-me melhor! Uma carência afectiva de mim para mim, que me permita gostar de quem sou!
Resposta: Uma necessidade urgente em me ver do lado de fora de mim mesmo! Um saber entender-me melhor! Uma carência afectiva de mim para mim, que me permita gostar de quem sou!
Acompanhem, curtam e divulguem este e outros autores através deste link
Excelentes palavras que retratam bem o que sinto de quem conheço há tão pouco tempo: Vitor Costeira
ResponderEliminarBeijinhos