1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Sou uma pessoa questionadora, observadora, meio
inconformada com as coisas (risos). Sou também minha pior crítica, exijo muito
de mim mesma e sou perfeccionista com as tarefas que desempenho. Por muito
tempo pensei em publicar um livro, mas acabei adiando. Depois de quase dez anos
me dedicando a um blog de contos, decidi finalmente publicá-los.
2 - O que a inspira?
Tudo me inspira. Gosto das pequenas coisas cotidianas,
de dar voz àqueles que não têm espaço de fala, imaginar situações improváveis
ou até eternizar encontros e diálogos que me marcaram. Sou uma entusiasta da
Filosofia e da Astronomia, temas que estão presentes nos contos que escrevo. Sou
apaixonada por futebol e escrevo periodicamente sobre a relação entre o
contexto social e a prática esportiva. Percorro várias áreas e não há nada que
seja supérfluo demais para não ser alvo de minha atenção, e motivo de minha
inspiração para escrever.
3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Acredito que a escrita que tenho desenvolvido busca
chegar a um ponto que todos os assuntos serão tratados abertamente, com simplicidade
e sinceridade, independentemente da natureza que possuem.
4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?
Reunir uma gama de autores e autoras de visões
distintas, e fornecer uma valiosa e múltipla experiência literária ao leitor.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
Costumo ver as redes sociais como um instrumento para
democratizar a produção cultural, tendo em vista a facilidade de atingir o
público (o que também nos traz muita responsabilidade). Posso alcançar muitas
pessoas (de diferentes culturas, ideologias, faixas etárias) em questão de
minutos, e interagir com elas em tempo real, o que é fantástico.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita?
A escrita sempre me ajudou a expressar meus
sentimentos, e acredito que com muitas pessoas seja assim também. Um ponto
positivo, muito marcante para mim, é a possibilidade de dar vazão aos
pensamentos e transformá-los em algo atemporal e partilhá-los com outras
pessoas. Como ponto negativo, destaco o crescente uso de escritos de forma descontextualizada
ou deturpada nas redes sociais, contribuindo para a disseminação de notícias
falsas.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um
autor?
Reconhecer seu trabalho e abrir espaço para os autores
novos, encorajando-os a buscarem seus objetivos.
8 - Quais os projectos para o futuro?
Tenho uma vontade imensa de viajar o mundo. Conhecer
vilarejos remotos, cidades imponentes, paisagens intocadas. E, sobretudo,
conversar com pessoas muito diferentes de mim. Sinto que muitas histórias
precisam ser contadas e elas parecem me chamar a cada instante.
9 - Sugira um autor e um livro!
Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez.
10- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Gostaria que perguntassem o que é a vida para mim. Não
porque eu saberia responder essa questão, mas porque ela me traz uma inquietação
e uma melancolia necessária: sem essa premissa fundamental eu perderia muito da
minha essência literária. É esse desassossego que me impulsiona a seguir
adiante e buscar traduzir o mundo em palavras, convidando outras pessoas a me
acompanharem nessa empreitada.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
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